Desde a última expedição…
Olá! Se vc acompanha as minhas aventuras aqui pelo site deve ter percebido uma pausa nas expedições. É que neste período eu estava focada em um travessia em mares que nunca tinha navegado: a minha cura do câncer de mama. Pois é, parece uma loucura, né? Uma atleta, super saudável, jovem e sem casos de câncer na família encarando essa doença. E foi assim, como enfrento todos os meus desafios no esporte que encarei mais essa! Descobri que o câncer trás uma série de tabus, medos e sentimentos, tanto para os pacientes quanto para familiares e todos que o cercam, como amigos, colegas de trabalho, vizinhos e conhecidos. É um processo de transformação imenso e em escala! Sem qualquer planejamento, logo que meu tratamento terminou, escrevi uma série de passagens sobre as minhas experiências da qual deixei tudo guardado em arquivos docs no meu notebook. Acho que foi um processo de catarse de tudo que tinha vivido… E decidi fazer uma trilogia pessoal em 3 viagens:
1ª >> Tahiti – uma viagem de regeneração
Qual o melhor lugar do mundo para alguém que ama o mar e busca revitalizar a sua energia vital? Tinha algumas opções, mas escolhi a ilha de Moorea e lá fui eu com meu pranchão, logo após terminar a radioterapia e assim que estava liberada pra tomar sol. Ainda bem cansada e sem muita energia pra pegar muitas ondas mas forte o suficiente pra encarar horas de vôo, mudanças bruscas no metabolismo e as remadas mais incríveis que qualquer remador pode imaginar! Ela aconteceu em novembro de 2017.
2ª >> Indonésia – uma viagem de celebração
Quando fez exato um ano do término do tratamento resolvi me lançar numa viagem sem muito roteiro definido, mas com muito surf no planejamento. Abraçar a linda cultura balinesa e das ilhas ao seu redor foi um dos melhores presentes que a vida me deu…e que eu me dei tb..rs! Já estava com meu corpo mais limpo de tanta química e medicamento, mesmo que ainda passando por tratamentos adjacentes para recuperar o estrago que uma quimioterapia faz.
E agora chegou a hora de fazer a 3ª viagem da minha trilogia pessoal, que se mistura com a minha carreira de atleta pois ela remete a minha volta as expedições! E eu estou extremamente feliz por retomar meu projeto aqui no SUPtravessias, pois ele também foi um dos alicerces para eu nunca deixar de acreditar e lutar pela minha cura.
Todas as expedições tem escolhas de destinos por uma série de aspectos, sejam culturais, naturais ou arqueológicos, mas nenhuma delas teve uma escolha tão pessoal quanto esta. Sempre tento trazer o desafio do esporte, atrelado a um conteúdo interessante ao público e para trazer um novo olhar para um turismo sustentável, fora do padrão e com a valorização das comunidades locais. Desta vez escolhi um destino que se mistura com esse último capítulo da minha história, pois um dos pilares do meu tratamento foi a ayurveda, que traduzido do sânscrito significa ciência da vida e que se explicado a grosso modo é o conhecimento milenar da medicina indiana.
Até o final de setembro colocarei no ar o site www.xocancer.com.br onde divulgarei aqueles textos que comentei que estavam guardados.
Esta foi a maneira que encontrei de expandir a colaboração e solidariedade que a gente passa a fazer com todos que passam pelo mesmo ou que conhecem alguém que está enfrentando a doença. E também pra dizer a real e desmistificar uma série de mitos que envolvem o câncer.
E na sequência, em novembro parto para a terra das especiarias, chás, praias paradisíacas, ayurveda e berço do budismo. O país insular que foi chamado por Marco Polo de “a ilha mais bela do mundo”: Sri Lanka
Aguarde novidades… : )
10 dicas para organizar sua remada em qualquer lugar do mundo
Muitos praticantes de sup, depois de remar bastante em locais conhecidos, querem explorar novos ambientes, ampliar seus limites de percurso ou então, viajar para curtir seu esporte favorito. Se este é seu caso, separei algumas dicas que acumulei nestes anos durante minhas travessias, pois acredito que todo conhecimento e cautela é precioso quando lidamos com a natureza. Vale reforçar que o material abaixo contém algumas orientações para que quem deseja explorar novos ambientes, mas ele não estimula remadores saírem por aí em locais desconhecidos, pelo contrário, é muito importante ter os procedimentos de segurança revistos para evitar contratempos, ok? Boas remadas!!!
1 – Estude minuciosamente o ambiente que pretende explorar
Quanto mais informação você tiver da região que pretende remar, maior sua chance de sucesso. Alguns lugares tem condições completamente diferentes em cada estação do ano ou mesmo por localização geográfica, portanto visite o máximo de sites, converse com pessoas que já passaram pelo destino, informe-se com os moradores locais e esteja atento as todos os detalhes como histórico de fenômenos naturais, ataques de animais, qualidade da água, alimentação, cultura local, feriados, clima, correntes e tudo que impactará na sua atividade
2 – Faça parcerias locais: escolas de SUP, operadoras de mergulho e pescadores
A melhor fonte de informação são os profissionais que trabalham diariamente no mar, eles poderão lhe passar orientações preciosas sobre o dia-a-dia da região que você pretende navegar e terão experiência sobre fenômenos e situações que podem ocorrer e que você não encontrará em sites ou outros documentos. Também poderão dar apoio com embarcações e outras formas de estrutura local. E claro, as escolas de SUP que hoje estão espalhadas pelo mundo, serão sempre excelentes parceiros!
3 – Fique atento com as companhias aéreas
Cada companhia tem sua regra e algumas delas não tem equipe de atendimento orientada ou com boa vontade para lidar com equipamentos esportivos fora do padrão. Tenha em mãos um print das informações e regras disponíveis no site quando for embarcar para garantir seu direito e não conte apenas com a sorte ou a boa vontade do atendente que vai despachar sua bagagem. Chegue sempre cedo, mais cedo do que um passageiro comum, assim você ainda pega o atendente com boa vontade antes do grande volume de pessoas que chegam ao mesmo tempo que ele vai atender. E lembre-se, embale seu equipamento como se ele fosse jogado no chão, por que provavelmente será : /
4 – Segurança é sempre prioridade!
Qualquer que seja a complexidade da sua remada a segurança deve ser prioridade. E existe diversos meios de garantir esta questão e cercar-se de todos eles podem salvar sua vida, perda de equipamento ou um perrengue desnecessário. Colete salva-vidas, GPS, leash (cordinha), conhecimento do percurso, planejamento, barco de apoio, checagem das condições climáticas e ponto de contato em terra são alguns deles. NUNCA menospreze o oceano. E não pense 2 vezes em abortar a missão se houver algum risco para você, seus amigos ou equipe. Fique atento as variações climáticas, pois se há previsão de virada de tempo, chegada pode adiantar. A atenção redobra em locais da qual você não conhece bem
5- Programe uma janela (quanto maior melhor)
Quando planejar uma remada em um destino que não é seu “quintal”, não trabalhe com datas e sim com janelas, podem ser dias ou semanas, dependendo da sua disponibilidade. Desta forma você assegura uma ou mais remadas em condições mais apropriadas e consequentemente reforça sua segurança. Neste esporte é a natureza que manda, nós apenas nos conectamos e usufruímos o que ela nos oferece. Uma janela associada ao melhor período do ano para uma travessia eleva a possibilidade de sucesso.
6- Tenha um plano C e D
Um dos meus maiores aprendizados em logística e planejamento de travessias foi: o fator surpresa acontece. Então previna-se com um bom planejamento. Quando mais abrir o leque de possibilidades de situações (ruins ou inusitadas) mais preparado você estará. Leme que quebra, tempo que muda, alguém da equipe de apoio que passa mal são alguns fatores que podem alterar seu plano inicial. Em relação aos equipamentos pense para cada um deles: e se quebrar ou se perder? Vale a regra, quem tem 2 tem 1 e quem tem 1…pode ter nenhum. Verifique o seu destino pode ter lojas com os materiais que vc precisa na região que você vai estar. Pense sempre na sua rota de fuga e apoio, caso (por qualquer motivo) não possa continuar remando. Deixe pessoas em terra avisadas dos seus planos e itinerário, mesmo com equipe de apoio
7- Respeite as regras e cultura local
A regra é simples, você não está na sua casa ou no seu país, então tem a responsabilidade de se informar sobre a cultura local, normas de parques nacionais ou reservas ambientais, autorizações ou áreas que pode navegar ou não. E lembre-se, isso também contribui para segurança e sucesso da sua empreitada. Em determinados países, a desculpa ”Eu não sabia” pode custar caro…
8- Faça um seguro saúde e bagagem
Este é o tipo de investimento que vale a pena, pois a dor de cabeça e dano que você pode ter é maior que custo inicial. Acidentes podem ocorrer dentro ou fora d’água então se puder se precaver é bom. Muitos dos equipamentos que usamos são caros e perdê-los não é legal. Fique atento aos detalhes e entrelinhas do seu contrato e prefira um seguro que cubra atividades esportivas para não ter surpresas depois.
9- Escolha a época mais adequada
Nem sempre temos disponibilidade pra viajar na data que gostaríamos, mas se seu objetivo é remar, a época do ano é determinante para o sucesso ou maior aproveitamento da sua atividade, independente da complexidade. Locais com períodos de chuvas, ventos e outros fatores climáticos que se tornam intensos podem te atrapalhar ou até te colocar em risco. E vale lembrar que a natureza pode oferecer surpresas, mesmo com tudo planejado.
10- Simule ao máximo as condições que vai ter pela frente
Tipo de equipamento utilizado, vestimenta, alimentação, temperatura, condição de sono, ondulação, fatores climáticos, ou seja, tudo! Quanto mais você treinar simulando as condições que vai encarar mais chances de sucesso terá na sua empreitada. E melhor irá lidar com as situações surpresas que podem aparecer. Treino, treino treino! Aqui vale essa regra! Vai para um lugar frio? Acha que a luva vai ajudar? Não deixe para experimentar só quando chegar no destino
Expedição Ilha de Boipeba / Bahia abril 2016
Dizem que a felicidade só é completa quando compartilhada! Então desde o ano passado tenho feito expedições em grupo, onde eu a e operadora de viagens Freeway levamos remadores para explorar de SUP destinos especiais. São pessoas que já tem contato com o SUP, que curtem natureza e compartilham o prazer de remar, principalmente em ambientes preservados, como este que vistamos desta vez. Para mim uma experiência incrível pois tenho a oportunidade de passar muito do que aprendi durante todos estes anos nos esportes de aventura e nas travessias que já fiz pelo mundo. Tudo isso, sem correria, com muito planejamento, segurança e em destinos espetaculares, escolhidos a dedo para que possamos aproveitar ao máximo a natureza e a companhia daqueles que curtem o SUP!
Bom, agora vou contar como foi nossa viagem… Imagine um pedacinho do paraíso onde o turismo desenfreado ainda não chegou, uma ilha onde não é permitido carros, vilas de pescadores tradicionais com uma rica cultura local e paisagens de tirar o fôlego, pois foi isso que encontramos!
Localizada ao sul da Bahia, na região da costa do dendê, Boipeba é uma ilha que oferece uma série de ecossistemas para explorar de SUP: rios, manguezais, praias desertas e piscinas naturais. A expectativa estava lá em cima e ela foi atendida em tudo que esperavamos!
Nossa base foi na praia da Boca da Barra, como o próprio nome diz é uma boca de rio, estávamos super bem posicionados onde podíamos escolher para onde íamos remar, seja no mar ou pelo rio. A nossa pousada, Santa Clara, além de oferecer quartos deliciosos e super aconchegantes, contava com um restaurante que é conhecedo como o melhor da ilha. Cada dia um cardápio diferente e um prato melhor que outro…sempre difícil de escolher!
Escolhemos os SUPs infláveis da Brazzos para nossa aventura, pois eles oferecem a qualidade, resistência e os modelos ideais para nossa aventura. Eles nunca nos deixaram na mão e isso é importantíssimo em uma viagem como a nossa.
No primeiro dia fizemos algumas remadas de reconhecimento do local, incluindo um passeio bem legal pelo manguezal. Estas remadas são importantes para que o grupo/equipe se adapte aos equipamentos, para nós combinarmos toda a comunicação do grupo/equipe na água (exemplo: sinalizações com remo e comunicação à distância) e todos os procedimentos de segurança. Bom e também para curtir pois esse é nosso principal objetivo! A integração da equipe sempre acontece muito rápida e por conta disso costumo chamar de “equipe” e não apenas de grupo…isto por que todos passam a se ajudar, colaborar, trocar informações e entendem que este é o espírito de uma viagem de aventura.
Já no segundo dia tivemos uma remada um pouco mais longa. Afinal todos estão lá por que querem remar, chegam cheio de energia e expectativa. A travessia do Moreré foi emocionante, pois pegamos uma corrente forte logo de cara. Mas logo depois quando todos se reuniram perto da barco de apoio um golfinho apareceu para nos dar as boas-vindas e desejar boas remadas ao grupo. Foi bem especial pois golfinhos sempre trazem alegria e boas energias! Eles sempre aparecem nas minhas travessias e desta vez não foi diferente! Seguimos adiante passando por praias lindíssimas, uma mais bela e preservada que a outra! Entre elas destaco a praia de Cueira, uma longa extensão de areia o coqueiros que enchem nossos olhos e da aquele “clima” baiano. Nosso lema era: “Sorria, você está remando na Bahia!” E assim fomos trilhando nossa viagem intercalando as remadas com a boa culinária local, passeios, trilhas, caminhadas e também muito papo bom sobre stand up paddle e todo o universo deste esporte incrível.
Abaixo o visual das famosas piscinas naturais do Moreré, uma área com muitos peixes e corais onde paramos para fazer snorkel. Isto por que queremos explorar o oceano por cima, remando, mas abaixo também, mergulhando. Esta foi uma parada estratégia onde saímos de barco logo cedo para remar do outro lado da ilha, mas como sabíamos que a maré estaraia ideal para este mergulho nos organizamos para ficar ali um tempinho. E o melhor, não havia nehum outro barco, só nós no paraíso, digo isso pois estas piscinas são um ponto turístico e apesar de Boipeba ser uma APA (Área de Preservação Ambiental) as pessoas querem desfrutar de uma lugar tão lindo! A alta temporada é no verão onde os turistas que estão em Morro do São Paulo vem passar alguns dias na ilha, mas fora isso, é bem tranquilo e este é um dos grande diferenciais deste destino.
Aqui em cima nosso grupo: Neusa, Natalina, Fabio, Kety, Thais e nosso guia local que sabe tudo de Boipeba, o Marquinhos. Neste dia depois de uma super remada paramos para curtir um pouco a praia, degustar um peixinho, lagosta e outros quitutes. Essa era a nossa rotina e não tem nada melhor para renovar as energias para quem vive em uma metrópoli ou para quem quer conhecer um novo destino…e se for de SUP melhor ainda, não é?
Na imagem abaixo, o visual que fica difícel deixar para tras…a tranquilidade de um paraíso preservado. Até a próxima Boipeba, voltamos em novembro!! Ôba!!
Se você curtiu esta experiência e tem interesse em participar de uma viagem com SUP da Freeway, entre em contato conosco:
Meu e-mail: contato@robertaborsari.com.br Freeway Sports: www.freeway.tur.br ou tel.: 5088-0999
Deslizando nos jardins subaquáticos de Moorea
Depois de visitar a Ilha de Páscoa para conhecer de perto a cultura de grandes guerreiros e os mistérios dos moais de pedra. E de realizar a circum-navegação de Fernando de Noronha, partimos para mais uma aventura. No início de outubro exploramos de SUP uma das ilhas mais belas e ricas em vida marinha do mundo: Moorea. Esta pequena ilha vulcânica localizada a 17km do Thaiti é um paraíso repleto de histórias da cultura polinésia e com natureza exuberante.
Esta foi uma operação muito especial, o objetivo aqui não era realizar uma circum-navegação em uma única remada, ou uma longa travessia em mar aberto, como fiz em Alcatrazes, mas diversas remadas mais curtas passando pelo principais pontos da ilha percorrendo suas 3 faces e suas 2 baías. A água transparente oferecendo uma visibilidade incrível pediu remadas lentas para observar as raias, moreias, tubarões, tartarugas e diversas espécies de peixes. Sempre reforço que o SUP é um excelente equipamento para explorar ambientes protegidos, parques marinhos ou estações de conservação. Isto por que ele oferece ótima mobilidade sem qualquer impacto ambiental (barulho, óleo e etc…) e proporciona boa visibilidade próxima, distante (uma vez que o remador está de pé) ou mesmo abaixo dele. Outro instrumento básico que funciona muito bem com o SUP e que utilizei bastante em Moorea, são as nadadeiras e máscara, pois é possível durante um trajeto você sair da superfície e explorar o ambiente abaixo dela trazendo outra percepção.
Uma dos aspectos mais interessantes desta viagem, é que ela alinha beleza natural, uma biodiversidade muito rica e ainda diversas tradições e lendas da cultura polinésia. Um destino perfeito para os amantes do oceano. O norte da ilha concentra os grandes resorts, mas todo o restante compõe pequenas vilas onde é possível passar por bancas vendendo frutas, flores e outros produtos naturais. Me arrisco a dizer que todos (ou quase) locais são tatuados, em toda a ilha há estúdios para os turistas que queiram sua recordação registrada na pele. As mulheres estão sempre com um sorriso e uma flor no rosto. Se a flor estiver na esquerda é porque ela é comprometida, se estiver na direita está livre e a procura de uma parceiro. Os colares e coroas de flores são lindos e sempre naturais e não são usados apenas em grandes comemorações. Ao passear pela ilha você observa que cada casa tem a sua canoa, uma vez que este é mais que um meio de transporte ou esporte, é uma tradição.
Um dos destaques deste destino é a rica vida marinha. Então esportes como mergulho livre (snorkel) e de cilindro, são quase que obrigatórios para quem deseja ter a experiência de nadar rodeado por peixes, tartarugas, raias e até tubarões! Isso mesmo, mas você não precisa se preocupar, pois trata-se de um ecossistema equilibrado onde é possível mergulhar sem receio.
São muitas as informações e imagens que tenho para mostrar e estarei atualizando tudo aqui. Acompanhe e entre no clima thaitiano! Mas já deixo aqui o meu agradecimento especial ao meu patrocinador UOL e apoiodador Board House, grandes parceiros e viabilizadores do projeto SUPtravessias e desta jornada em Moorea. Maururu! (obrigado)
O PONTO DE PARTIDA
A rota que fiz para chegar até Moorea foi passando pelo Chile, primeiro por Santiago e depois pela Ilha de Páscoa. Destino da qual o projeto SUPtravessias também já visitou. Depois da chega no Thaiti a última “pernada” foi de barco. Como você pode ver na imagem acima, de porte grande e confortável. O trecho de cerca de 17km é feito em 35min.
Entre tantas ilhas lindíssimas na Polinésia Francesa minha escolha por Moorea foi pelo fato dela manter muitas tradições culturais. Diferente por exemplo de Bora Bora, que claro é espetacular, mas que já está tomada de resorts, jetskis e turismo abundante. Moorea é uma ilha pequena com 133,5 km2 que mescla praias paradisíacas e vilarejos simples.
Há diversas opções de hospedagem, dos resorts mais fantásticos com seus bangalôs sob o mar, todos localizados ao norte da ilha, a hotéis e B&B (bed and breakfast) dos mais variados estilos. Eu optei por ficar nestes bangalôs na vila de Hauru, super bem localizado a noroeste da ilha. De frente para dois motus (ilhotas) recheados de vida marinha, perto da villa com mercado e restaurantes. E cerca de 10 minutos de Haapiti, onde tem uma esquerda espetacular…já que o surf também estava nos planos. Para a minha logística funcionou perfeitamente, pois o bangalô tinha uma pequena cozinha deixando tudo mais funcional no dia-a-dia da viagem.
Aqui Elise, gerente da minha pousada e a vista do meu bangalô. Os locais sempre com o sorriso no rosto e dispostos a ajudar. Neste ponto, esta receptividade foi muito importante na logística das minhas remadas pois contei muito com as pessoas que conheci lá e também com aqueles que já tinha feito contato antes da viagem. Entre estas duas ilhotas ao fundo na foto era possível avistar tubarões, raias, muitos peixes e tartarugas, um local incrível para remar e fazer snorkel há alguns metros do meu quarto.
A venda de frutas e produtos naturais está por toda parte em Moorea. Apesar de ser um polo de turismo mundial a ilha mantém suas característica e essência no seu dia-a-dia com seus vilarejos e cultura polinéisa. A simplicidade aliada a hospitalidade local e a praias paradisíacas é que da o charme desta pequena ilha do pacífico. Repare no cuidado da decoração com os hibiscos vermelhos, esta beleza você vê em toda a ilha.
Não poderia deixar de destacar o ceviche thaitiano, com sua receita a base de leite de côco. É realmente delicioso e uma ótima pedida para quem quer comer bem! Na ilha há diversas opções de restaurantes e os frutos do mar são a base da culinária local. O abacaxi é a fruta mais plantada na ilha e os sucos são deliciosos pra acompanhar qualquer refeição.
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO PARA LER A MATÉRIA NO SUPCONNECT
Todas as remadas e percursos foram planejados antes da viagem, porém boa parte sofreu adaptação enquanto eu estava no destino – o que sempre pode acontecer. Isto por conta da logística geral, ou seja ponto de saída e equipe de apoio na minha chegada ou então por conta das variações climáticas. A grosso modo, podemos dizer o norte da ilha tem as regiões mais protegidas e o sul eram onde os ventos são mais potentes e tem maior influência nas navegações. Isto fez com que as remadas fossem super variadas, desde tranquilas em águas calmas apreciando a vida marinha até downwinds técnicos onde era necessário estar atenta para não perder a rota. Na imagem abaixo minha passagem por uma das baías que mostra o recorte da geografia, outro destaque do visual da ilha.
A tatuagem também tem uma presença muito forte na cultura polinésia, ela era um ritual de homenagem e um símbolo de, destreza, beleza e amor. A história conta que reis mostravam seu poder pelas tatuagens em todo o rosto e imagens mostram que as mulheres tinham apenas o queixo desenhado. Ainda hoje é muito a influência das tatoos e boa parte dos locais tem desenhos incríveis em seus corpos. Eu adoro tatoo e depois de tantas experiências incríveis não poderia deixar de registrar na minha pele uma recordação para toda a vida. Deis a ideia do remo com a flor, para simbolizar a minha passagem. Eu sem falar francês, meu tatuador, sem falar inglês..rs! Vale comentar que ele fez a tatoo direto na pele (#freehand) com inscrições thaitianas com significado de “viagem” e “oceâno”. Amei!
VEJA ABAIXO A MATÉRIA PUBLICADA NA EDIÇÃO DE NOVEMBRO DA REVISTA FLUIR STAND UP
Costa Rica 2015
O desejo de compartilhar as minhas expedições e experiências, fez com que a minha última viagem fosse acompanhada de mais amantes do SUP!
O SUP Expedition Costa Rica 2015 em parceria com a Freeway Viagens (operadora com mais de 30 anos de experiência e credibilidade no mercado), foi a oportunidade de levar mais pessoas que curtem remar e desbravar novos destinos de SUP e também para trocar experiências. Tudo com muita segurança e a certeza de conhecer lugares incríveis! Desta vez fomos para a Costa Rica, um paraíso dos esportes de aventura localizado na América Central, com 1/3 de seu território com áreas de preservação e conhecido pelo forte apelo ao ecoturismo. Praias maravilhosas, rios, lagos, vulcões e uma rica fauna são alguns dos atrativos deste país. Foram meses de planejamento para oferecer um roteiro incrível, com hospedagem de primeira e uma logística funcional para as atividades esportivas. Optamos por utilizar SUP infláveis Brazzos, pois este é o equipamento ideal para expedições e para aqueles que precisam de mobilidade, seja em aeroportos ou transporte em geral. Aqueles que já tinham seus sup´s infláveis levaram o seu e quem não possuiam equipamento próprio foi disponibilizado por nós. Esta foi a oportunidade para que as minhas experiências pudessem se compartilhadas durante toda a viagem, seja na remada, palestra ou num simples bate papo e para que novos desafios pudessem se vencidos a cada momento, sempre desfrutando das maravilhas deste país tão especial! Tudo pronto, equipe preparada e partimos primeiro para a região de Guanacaste, onde fizemos nossa base na praia de Tamarindo.
Conchal foi a primeira praia, linda com suas águas claras e visual incrível. Na noite anterior fizemos uma reunião onde passei o briefing do dia e todas as questões de segurança. Durante a amanhã fiz a última checagem geral das condições climáticas e de ondulação e pude confirmar que teríamos um dia perfeito! Sol, águas calmas e sem vento. Todas estavam com uma grande expectativa de fazer sua estreia nas águas costarriquenha e Conchal não decepcionou. Uma grande baia de água azul clara onde era possível contorná-la até chegar a uma grande pedra, ali foi nossa primeira parada para fotos e descanso.
Uma das possibilidades interessantes do SUP é o fato de poder explorar diversos ambientes e foi isso que fizemos na nossa viagem. Remar no estuário do rio Tamarindo também foi uma grande aventura. Afinal não é todo dia que podemos remar em um local onde é possível observar macaquinhos e até crocodilo… Isso mesmo, o rio que deságua na praia possui uma rica fauna e estes repteis também estão lá, mas como fomos em horário da maré cheia e com toda segurança com profissionais especializados e conhecedores do local nem vimos o tal bichano…passeios de barco e caiaque também é possível fazer na região.
A Costa Rica é conhecida pela beleza de suas praias e fomos conferir isto de perto. Conhecemos também as praias de Danta e Dantita…espetaculares, suas areias negras de origem vulcânica contrastam com o azul do mar. Além de remar por lá passamos por alguns mirantes com uma vista maravilhosa! Na praia de Danta ainda tem um loja com muita variedade de equipamentos e acessórios para SUP.
Depois de alguma comprinhas e se deleitar com os pratos típicos como o casado com pescado ou o arroz de camarão…partimos para outra região. Diferente do polo mais turístico que é Tamarindo fomos mais ao sul conhecer Samara…uma praia lindíssima, um pouco mais isolada, mas com excelente culinária e ótimo para remar e curtir. A bela surpresa ficou por conta de Carrillo, uma praia que não estava programada na nossa viagem e que foi uma das mais bonitas que remamos.
E pra fechar nossa viagem com chave de ouro partimos para o interior do país para remar no lago aos pés do vulcão ativo Arenal, uma experiência muito especial para todos nós. É muito emocionante remar ao lado daquela grande montanha viva, foi espetacular! O lago é bem grande e em algumas áreas os ventos são muito fortes. E necessário ter o conhecimento do local para escolher os pontos de entrada e saída para definir um percurso seguro e interessante também, podendo chegar o mais perto possível do vulcão. E depois de tantos dias remando terminamos nossa viagem nesta cidade interiorana, com boa gastronomia e super aconchegante. E ainda com a vantagem de poder avistar o vulcão de onde estiver. Nossa hospedagem foi no Spa Resort Tabacon 5 estrelas com suas termas naturais com as águas quentes do rio de mesmo nome, ideal para relaxar e nos despedir deste país incrível. Foram 2 dias de passeios intercalando com as massagens e relax nas cachoeiras quentes. Nada mal né?
Impossível não fazer um agradecimento especial ao nossos parceiros locais, que estiverem conosco todo este período nos ajudando em tudo que precisávamos. De dicas de restaurantes, praias , força com as pranchas, bom astral e amizade!. O nosso guia Max Vindas e o motorista Tony! Muito obrigado! Pura vida!
A viagem pode acabar, mas as memórias e imagens registradas na mente ficam para sempre! Pensando nisso tivemos um concurso fotográfico onde as imagens tiradas pelas nossas fotógrafas remadoras durante a trip concorreram um remo de carbono Naish oferecido pela BoardHouse. Cada integrante pode concorrer com 2 fotos de sua autoria com o tema: “SUP na Costa Rica”. Uma comissão julgadora avaliou as imagens considerando a temática, criatividade e composição.
>>> >> > VEJA A FOTO VENCEDORA E SAIBA QUEM LEVOU O REMO PARA CASA:
Revista Stand up Journal
O Projeto SUPtravessias teve destaque na edição de fevereiro/2015 da revista americana Stand up Journal.
SUP Expedition Costa Rica 2015
Pessoal, este é um convite para os amantes do SUP e de VIAGENS!
Convido os praticantes de sup pra fazer viagem incrível pela Costa Rica comigo e com a Freeway – operadora com mais de 30 anos de atuação no mercado. Preparamos um roteiro muito especial para o final de abril 2015 passando pelas praias mais belas da região de Guanacaste e fechando a viagem com uma remada no lago aos pés do vulcão ativo Arenal. Vamos conhecê-lo de perto e também relaxar nas suas termas naturais.
Queremos reunir um grupo de pessoas que compartilhem do PRAZER DE REMAR para curtir e trocar experiências. E também passarei minha vivência e conhecimentos em planejamento e logística para remadas com segurança – adquiridas através das expedições projeto SUPtravessias. Já planejou suas férias? Vamos?
Para saber mais informações clique aqui
SESC – Projeto Tabelando
Roberta Borsari participou de bate-papo sobre esportes náuticos com Beto Pandiani, Guto Zorovich e Marinalva Almeida. A iniciativa é parte do Projeto Tabelando, organizado pelo Sesc
No dia 28 de agosto, das 19h30 às 21h, a atleta especialista em esportes a remo Roberta Borsari participou do Projeto Tabelando, no SESC Santo Amaro (Rua Amador Bueno, 505). O encontro, que promove debates sobre esporte por meio de livros, tem como objetivo apresentar ao público histórias de grandes atletas, ampliando o saber cultural e incentivando as práticas esportivas.
O livro da vez foi o “O mar é minha terra”, do velejador Beto Pandiani. Nele, Beto fala um pouco sobre a Travessia do Pacífico – sua viagem mais recente a bordo de um catamarã sem cabine – e também relembra passagens imperdíveis de suas cinco jornadas anteriores, recuperando boa parte de sua trajetória pessoal. Além de Beto e Roberta, também participou do bate-papo Guto Zorovich, escritor e editor, autor do livro “Indo além em um Duck” e a velejadora para-olímpica Marinalva Almeida que da plateia subiu ao palco para se juntar ao time de palestrantes. Temas como superação e determinação foram discutidos através das histórias destes feras do esportes.