Circum-navegação do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha – 50km
As ilhas visitadas pelo projeto SUPtravessias são definidas pelos seus aspectos naturais, históricos, geográficos ou culturais. E um dos destinos mais especiais do Brasil em termos de biodiversidade preservada e beleza natural não poderia ficar de fora por muito tempo. Assim decidi que em 2014 realizaria a circum-navegação do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, onde mais tarde descobri que era uma atividade inédita no arquipélago. Minha idéia era conhecer Noronha por dentro e por fora, acima e abaixo da superfície, uma vez que a fauna marinha e as formações submersas são um grande destaque. O primeiro passo seria definir a equipe para esta operação e em seguida partir para o planejamento. A circum-navegação de sup não foi a única atividade do projeto no arquipélago, mas foi através dela que pude envolver ainda mais as histórias e personagens deste paraíso preservado.
Assista ao clip! Clique na imagem:
O trabalho realizado no parque foi uma parceria com o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade – ICMBio. No vídeo abaixo, um breve bate-papo com os chefes do parque, Rossana Santa e Ricardo Araújo:
Wellington Lima, gestor de esportes do distrito de Fernando de Noronha foi nosso ponto de contato com o parque, desde a fase de planejamento, ainda em São Paulo. Obtive as diretrizes para conduzir as atividades do projeto SUPtravessias no arquipélago, fomos recepcionados e tivemos o acompanhamento durante toda operação, com muita parceria . Fica aqui nossos agradecimentos!
—– EQUIPE —–
Para cada operação do projeto trabalho com parceiros que são especialistas em suas atividades. Para a circum-navegação em Fernando de Noronha pude contar com o meu amigo e profissional da Vivencial Outdoor Elearning, Paulo Roberto Oliveira (Betinho) para dar suporte na logística. A equipe de captação de imagens coordenada pela experiente mergulhadora Zaira Mahteus fez a diferença nas fotos e filmes que vocês verão sobre esta viagem. E a operadora de mergulho Atlantis Divers , foi o parceiro responsável por todo apoio e segurança durante a atividade. Embarcação segura e equipe composta por profissionais experientes foram essenciais para navegar na face rasa chamada “mar de fora”. Mas também a atenção, hospitalidade, colaboração e orientações gerais foram especiais! Deixo aqui em agradecimento especial para Patrick Miller, que desde os primeiro contatos por e-mail foi muito atencioso. No vídeo abaixo questões referentes a segurança em conversa com o Ismael, gerente de operação da Atlantis:
—— COMO FOI A CIRCUM-NAVEGAÇÃO —–
Remar em uma ilha oceânica é sempre um grande desafio! As correntes são fortes, o clima instável e os ventos poderosos. Cheguei ao Parque Nacional Marinho de Fernando Noronha com cerca de 10 dias de janela para fazer a circum-navegação, uma boa média contanto que maio é um período adequado para esta atividade. Os demais dias seriam para conhecer e documentar as histórias, curiosidades, personagens, trabalhos ambientais e todas as experiências que a equipe do projeto SUPtravessias vivenciasse no arquipélago. Nos dois primeiros dias, apesar da ilha estar sofrendo influência de uma convergência intertropical, ainda havia a indicação de possibilidade para a realização da travessia, mas estávamos chegando e fazendo todos os contatos necessários. A partir daí, instalou-se a entrada de ventos contínuos com média de 18 para toda a semana. O que não era um cenário favorável para a realização da travessia. E cerco se fechou ainda mais com a previsão da entrada de ondulação e direção dos ventos ainda mais fortes. Sabemos que as previsões não são 100% e que as mudanças ocorrem a todo momento, mas era necessário tomar a decisão e com neste cenário fiquei com 2 opções: abortar a missão ou realizar a circum-navegação em condições dificílimas com uma previsão de 18 nós de vento com rajadas de até 20 nós.
Conversas com os “homens do mar” de Noronha e outras pessoas estratégicas foram fundamentais para este planejamento tão complexo. A ilha possui duas costas com geografia bem diferentes, uma plataforma é rasa e a outra profunda, chamados de “mar de fora” e “mar de dentro”. O mar de fora é conhecido por suas fortes correntes e ondulações. Mas foi nesta sexta feira, 23 de maio que descobri o que é remar em uma máquina de lavar roupa – com água revolta para todos os lados. Ainda falando de planejamento, no meu trajeto lidaria diversos pontos críticos de remada com fortes correntes, como as duas extremidades, por exemplo. Uma navegação técnica que não se resolve só na força.
Abaixo, a rota de navegação definida em conjunto com Léo Veras, curador do Museu do Tubarão. Ao contrário do que a maioria pode imaginar, a circum-navegação não ocorreu costeando o arquipélago, mas sim com uma triangulação definida através de ventos e correntes. Assista abaixo a estratégia:
Acordei na sexta dia 24 com a missão de fazer uma circum-navegacão extremante técnica, com media de 50km, com correntes fortíssimas e ventos de cerca de 20 nós. Um desafio e tanto! Em outras ocasiões um cenário para aguardar uma nova data ou outra possibilidade. Neste caso, depois de meses de planejamento a tentativa seria um aprendizado que só se vivenciaria entrando na água. Claro que com uma equipe muito profissional para me acompanhar e proporcionar toda a segurança necessária. Estávamos com embarcação super segura e profissionais extremamente experientes em suas atividades e só por isso tomamos a decisão de sair ao mar.
Abaixo um pouco da dificuldade encontrada:
A volta a ilha foi realizada em condições extremas, passando por grandes vagalhões, muita atenção nas extremidades, correntes oceânicas, remando boa parte num oceano selvagem e revolto no mar de fora, mas também passando por cenários espetaculares e momentos acolhedores no mar de dentro. Parte da extremidade norte do arquipélago no mar de fora foi absolutamente instrasponível de sup por conta de junção dos ventos e uma corrente vinda da África. Vivemos uma situação de forte arrasto, meu e do barco que me acompanhava e tive que contar com a embarcação para passar este trecho, no mais foi muito braço e técnica. Os aprendizados foram muitos e as histórias são absolutamente sensacionais. Isto por que estou falando apenas da circum-navegação, mas tem muito mais por ai!!
—– MERGULHO —–
Fernando de Noronha é reconhecidamente um dos melhores destinos do mundo para mergulhar. E realizar esta atividade com uma equipe super profissional, experiente, atenciosa e alto astral é um diferencial. Passei por algumas das experiências mais incríveis que já vivi abaixo do oceano, como ver um cardume de golfinhos passando pelo nosso grupo (foi muito emocionante!), observar a rica fauna marinha em formações espetaculares com alta visibilidade e me deixar levar pelas fortes correntes que havia sentido apenas durante minha remada na superfície.
—— MÍDIA —–
Acompanhe nos melhores veículos de comunicação do Brasil, muito mais conteúdo com vídeos, fotos, relatos e todos os detalhes desta grande aventura!
Todas as atividades realizadas na ilha que permeiam o contato com a natureza.
O dia-a-dia na pousada Portal dos Golfinhos e a amizade que fizemos com toda a equipe.
A fauna variada que é encontrada no arquipélago, em terra e no oceano.
A logística para transportar os equipamentos com segurança via rodoviária e marítima.
A rica história deste arquipélago belíssimo que foi descoberto em 1503
Lugares bacanas que valem a pena conhecer durante sua passagem por Noronha
E muito mais…
—– AGRADECIMENTOS ESPECIAIS —–
UOL – o melhor conteúdo
Vivencial Outdoor Elearning
Museu do Tubarão de Noronha
Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha
Wellington Lima – gestor de esportes do PNMFN
Revista Iate Life
A revista Iate Life mostra o Projeto SUPtravessias e alguns dos destinos que já visitamos, como: Galápagos, Alcatrazes, Maldivas e Ilha de Páscoa.
Coluna no UOL
Agora também escrevo uma coluna no UOL sobre “ESPORTES A REMO AVENTURAS & VIAGENS”! Este é o nosso espaço para falar com o grande público sobre sup, canoa havaiana, kayakasurf, waveski, rafting, canoagem oceânica, corredeiras e tantos outros esportes maravilhosos que oferecem o contato direto com a natureza, liberdade e muita saúde!!
E para começar um texto especialmente para aqueles que quem iniciar no SUP! Com a participação de especialistas feras no esporte dando suas SUPer dicas! Clique aqui e divirta-se!
Expedição Ilha de Páscoa
Visitar a Ilha de Páscoa, foi muito mais do que conhecer um destino exótico com praias, ondas e sítios arqueológicos recheados de mistérios. Na verdade foi como um rito de passagem, um pedido de benção para os guardiões do oceano, da cultura polinésia e dos grandes guerreiros do mar. Algo que se relacionou com o meu momento de vida e que tinha certeza que seria uma viagem incrível e inesquecível – como foi!
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OS NOVOS PARCEIROS
Além das empresas e pessoas que já apoiam o projeto SUPtravessias, nesta viagem pudemos contar com 3 novos e especiais parceiros.
A Naish, conceituada e consolidada fabricante de equipamentos para surf, kitesurf e stand up paddle ofereceu um modelo inflável para que eu pudesse percorrer distâncias maiores de sup em locais remotos. Foi sensacional e fez toda a diferença – os detalhes estão no relato abaixo.
A operadora de mergulho Mike Rapu Dive localizada na Ilha de Páscoa ofereceu toda a logística para travessia até ao motu do homem pássaro e fez as honras da casa com a hospitalidade de sua equipe nos ajudando no que foi necessário durante a viagem
A equipe Rapa Nui Photo foram responsáveis pelas imagens maravilhosas que vocês virão a seguir e também foram grandes parceiros e amigos durante a nossa estadia na ilha
OS EQUIPAMENTOS
Levei dois sup’s: uma prancha para surf New Impact 9.0 e um sup inflável Naish para fazer as remadas mais longas. Foi minha primeira viagem levando o equipamento inflável e ele foi estrategicamente muito bem vindo para que eu pudesse realizar a minha travessia tão almejada – até o Mutu Nui – local onde ocorria a competição do homem pássaro. Para complementar, o remo utilizado na expedição também foi Naish!
O equipamento escolhido foi o modelo Naish One, de 12.6 pés, com cerca de 10k – um sup versátil que alia praticidade à performance. Perfeito pra mim, pois minha intenção era percorrer trechos mais longos na ilha – o que não seria possível se estivesse com uma prancha híbrida (surf + remada), por exemplo. Eu que estou acostumada a viajar com pranchas e caiaques, pude relaxar com a praticidade do transporte entre carro e aeroportos, além da facilidade para despachar como bagagem. Ufa!
A ILHA
Conhecida como “umbigo do mundo” a ilha de Páscoa é considerada a ilha habitada mais remota do mundo e fica localizada a cerca de 3.700km da costa do Chile e 4.000km do Tahiti. Sua origem é vulcânica e por canta disso as rochas negras contrastam com a água azul turquesa cristalina prevalecendo uma especial beleza da natureza. Mistura-se então as incríveis estátuas dos moais com suas histórias e mistérios cercados pela cultura da polinésia dos Rapa Nuis e obtém um dos destinos mais incríveis para se visitar. Uma mescla de aventura, mistérios, esportes, cultura e arqueologia.
OS MISTÉRIOS E HISTÓRIAS
“Um dia um rei da polinésia sonhou que sua ilha seria destruída e ao acordar assustado tomou uma decisão: enviar 7 guerreiros com o objetivo de descobrir uma nova terra para viver”. É assim que se conta a história sobre os primeiros habitantes que chegaram na ilha de Páscoa. Curiosamente entre as diversas plataformas com os moais distribuídos por toda a ilha, apenas uma está virada de frente para o mar. E é justamente a plataforma que representa os 7 guerreiros com todos eles direcionados para a polinésia francesa.
Não é a toa que a Ilha de Páscoa é considerada um o maior museu do mundo em céu aberto. Os moais são a grande atração do local e sua história é muito interessante. Na cultura Rapa Nui os chefes tribais possuíam o “mana” que é a força espiritual representada através do conhecimento, poder sobrenatural, sabedoria e fertilidade. Quando essas pessoas especiais morriam eram enterradas e sobre eles eram construídas as plataformas com os moais. Estas esculturas eram colocadas nas plataformas sem os olhos e durante uma cerimônia quando os olhos eram aplicados nos moais o “mana” era reencarnada e mantido. Por isso a ilha e reconhecida por um lugar com forte energia.
O SURF
A Ilha de Páscoa também é conhecida pelas suas grandes e fortes ondas, big riders passam pela ilha para desafiar as bombas Rapa Nui, mas também existe um local para os “reles mortais” como eu que querem se divertir. Na praia da vila quebram ondas muitas boas que podem ser surfadas na companhia de alguns locais. Mas apesar da água cristalina e as tartarugas que passam por perto, toda a atenção é necessária, pois o fundo é de pedra e relativamente raso.
A TRAVESSIA E COMPETIÇÃO DO HOMEM PÁSSARO
Saí do Brasil determinada a fazer uma travessia que se iniciaria na vila de pescadores e chegaria até ao Motu Nui – ao lado do vulcão onde ocorria a competição do homem pássaro.
Para quem não conhece esta é uma das histórias mais interessantes da Ilha de Páscoa.
Diferentes tribos conviviam pacificamente na ilha, mas após a era da adoração aos moais e com a escassez de recursos naturais para sobreviver, começaram ocorrer as disputas entre as comunidades locais. Através da competição do homem pássaro passou a ser determinada a tribo que “governaria”por um ano a ilha. Cada líder escolhia seu melhor guerreiro para representar sua tribo numa competição de via ou morte. Dada a “largada” eles deveriam descer cerca de 300m de um vulcão nadar num oceano infestado de tubarões até atingir o motu (significa “ilha pequena”) onde um pássaro migrava determinada época do ano e colocava seus ovos neste local. Os guerreiros deveriam localizar e escolher um ovo e trazer de volta até o local da largada enfrentado novamente a maré e a escalada do vulcão. Aquele que chegasse primeiro teria a sua tribo vencedora e governando a ilha. Muitos morriam no caminho caindo dos penhascos e sendo devorados pelos tubarões.
Esta travessia não seria a maior em percurso, mas com certeza uma das mais importantes que eu realizei na minha carreira. Foram cerca de 20km com fortes correntes me jogando para fora do meu percurso e me faziam ter que remar sempre do mesmo lado. Ventos com rajadas que nunca havia enfrentado antes, fazendo com que em alguns momentos eu tivesse que remar ajoelhada como se este fosse uma maneira respeitosa para chegar a um lugar sagrado aos guardiões da Ilha de Páscoa. Uma remada bem puxada, técnica e em que eu tive que utilizar toda a minha experiência para completá-la. Contei com o apoio da equipe da Mike Rapu Dive para me acompanhar a fazer a segurança durante o trajeto percorrido. E também com a equipe da Rapa Nui Photo para registrar todos os momentos desta incrível aventura, que eu considero uma das mais especiais que já fiz.
A CULTURA POLINÉSIA
A ilha de Páscoa faz parte do quadrante da polinésia em tem em suas raízes um profundo orgulho de sua cultura. Isso é representado através da sua dança, musicalidade, história, tatuagens e outros aspectos. Os visitantes da ilha podem conhecer um pouco mais dessa cultura no show de dança e música Kari-Kari, apresentado 2 duas por semana.
FÁBRICA DE MOAIS
Um dos locais mais incríveis da ilha é o vulcão onde eram talhados todos os moais. Caminhar pela base desta enorme montanha é como visitar um museu a céu a aberto. Lá é possível ver de perto as esculturas que podem atingir até 21m em diversas posições e situações. Há moais ainda incrustado na parede do vulcão Ranu Raraku , outros caídos como se tivesse havido algum problema durante o transporte, outros em pé porém com parte do corpo soterrado. Durante a visita também é possível ver o único moai com características diferentes, uma vez que ele está sentado e possui barba. Muitas são as histórias e lendas que envolvem os moais e seu transporte para toda ilha e passear pelo vulcão e como um mergulho na cultura Rapa Nui.
O PACÍFICO
A força o mar do pácifico, já é mundialmente conhecida. Como eles dizem por lá, “o pacífico é pacífico só no nome” Mas quando ele permeia a ilha mais remota do mundo, onde não há continentes por perto ou qualquer tipo de barreira sua força e energia são ainda mais potentes e vibrantes. Os ventos, as correntes e as ondas formam um espetáculo que requer respeito e inspira admiração. Tudo isso misturado com a incrível beleza de uma água cristalina azul turquesa única
A PLATAFORMA DOS 15 MOAIS
Se as plataformas com moais tem um caráter espiritual e história com forte energia, o que dirá da maior delas localizada entre o mar do pacífico e um vulcão. Este é um local realmente especial que merece uma pausa além das fotos para contemplar e meditar. Seja qual for a sua religião ou crença a passagem por esta plataforma te faz pensar e traz uma boa energia.
A PRAIA DE ANAKENA
Considerada a praia mais bonita da Ilha de Páscoa, este lugar que mistura a beleza natural das águas cristalinas azul turquesa e o visual incrível dos moais é único e especial. Uma parada obrigatória para todos visitantes.
AS TATOOS
A cultura polinésia é conhecida pela adoração pelas tatuagens, algo que faz parte da vida das pessoas há milênios e passa de geração para geração. Por isso é comum viajantes fazerem suas tatuagens nas ilhas onde artistas tem talentos excepciona e fazem desenhos diferenciados e exclusivos. Comigo não foi diferente, uma viagem marcante e especial que marquei na minha pele como um “recuerdo Rapa Nui”
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MÍDIA
Todo o material registrado na ilha de Páscoa é divulgado nos principais veículos de comunicação do país. Revista Fluir Stand-up, portal UOL, rádio Eldorado FM, canal Woohoo entre tantos que abrem espaço para o stand-up e os destinos percorridos pelo projeto SUPtravessias
E abaixo a matéria na revista FLUIR STAND UP de janeiro de 2014
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AGRADECIMENTOS ESPECIAIS:
UOL – www.uol.com.br
BOARD HOUSE – www.boardhousebrasil.com.br
NAISH – www.wsb.com.br
RAPA NUI PHOTOS – www.rapanuiphotos.com
MIKE RAPU DIVE CENTER – www.mikerapu.cl
Release Ilha de Páscoa
Em breve todas as informações e experiências vividas na ilha estarão aqui, por enquanto, divulgamos o release oficial da expedição para dar uma prévia deste lugar incrível e tão especial
RELEASE
Com o Projeto SUPtravessias, Roberta Borsari explora as belezas da Ilha de Páscoa
Aventureira percorreu o mar do Pacífico na remada, experiência eleita como a mais desafiadora de sua carreira
A atleta Roberta Borsari acaba de voltar da fascinante Ilha de Páscoa, o lugar mais isolado do mundo, onde esteve entre 26 de outubro e 2 de novembro. A brasileira, que já desbravou os mares de destinos como Galápagos, Maldivas e Alcatrazes, define a viagem como uma das mais importantes e desafiadoras do Projeto SUPtravessias – que visa registrar, pela ótica do stand up paddle (SUP), as belezas naturais, as curiosidades, a história e a cultura das mais diversas ilhas do Brasil e do mundo.
“Tudo é muito intenso na Ilha de Páscoa. Por ser a ilha habitada mais afastada de todos os continentes, a força da natureza é muito impressionante. O vento, as ondas e as correntes marítimas são fortíssimos”, explica Borsari. Não à toa, foi lá, no mar do Pacífico, que experimentou uma das remadas mais difíceis de sua vida: a travessia até a ilha de Motu Nui, palco da competição conhecida como “Homem Pássaro”, que definia o líder da ilha entre os guerreiros locais – vencia aquele que capturasse o primeiro ovo de uma famosa ave da região, depois de encarar desafios como o penhasco do vulcão Rano Kau e nadar por águas infestadas por tubarões.
Durante o período que passou neste lugar sagrado, Roberta Borsari não só remou, mas também surfou de SUP por praias paradisíacas – formadas por águas cristalinas de cor azul turquesa, em contraste com as escuras rochas vulcânicas – e praticou trekking no vulcão Rano Raraku, conhecido como “fábrica de moais”, pois ali os nativos esculpiam as estátuas que são o maior símbolo da cultura Rapa Nui. “A visita à Ilha de Páscoa é uma experiência única para qualquer pessoa que seja ligada ao mar. Estar em contato com a cultura e toda a força espiritual dos guerreiros polinésios e ainda ter a chance de praticar SUP em algumas das paisagens mais bonitas que já vi foi realmente inesquecível”, afirma a aventureira.
Borsari ressalta ainda que “os aprendizados desta viagem foram muito além do esporte”, já que pôde se aprofundar na história da ilha, ao visitar os sítios arqueológicos, e também conhecer de perto os costumes e a cultura da população local, como a música, a dança e a gastronomia, além de outras particularidades – a exemplo da pesca com pedras, atividade que só acontece na Ilha de Páscoa.
Com mais de 15 anos de carreira, Roberta Borsari coleciona títulos e conquistas: foi a primeira mulher no mundo a surfar a Pororoca Amazônica de caiaque e a primeira atleta a realizar a travessia de stand up paddle em mar aberto em Alcatrazes – quando percorreu 40 quilômetros da Barra do Sahy até o arquipélago. Borsari também é pioneira na canoagem nacional e idealizadora do Projeto SUPtravessias. Mais informações: www.robertaborsari.com
Agora com a versatilidade do SUP inflável Naish
O equipamento que faltava nas aventuras do projeto SUPtravessias agora vai nos proporcionar mais mobilidade e trazer praticidade durante a logística em aeroportos e outros meios. Em nossas viagens precisamos de um equipamento versátil, afinal os nossos destinos são bem variados. As vezes levando 2 ou mais dias para chegar ao local desejado e passando por trajetos terrestre, aéreo e marítimo.
Com o sup inflável será possível remar trajetos mais longos, que antes eram realizados em pranchas para remadas curtas. Isto por que as companhias aérias tem uma série de restrições para transportar pranchas de qualquer modalidade, muitas vezes o equipamento chega danificado e se tiverem mais de 3m, simplismente não embarca… E não é apenas em viagens longas que o sup inflável mostra o seu diferencial, no dia-a-dia onde é possível guardar o equipamento no porta mala do carro, dentro de casa ou no quarto da pousada, faz toda diferença!
Portanto o sup inflável Naish será o equipamento e meio de transporte durante as remadas que vou realizar na Ilha de Páscoa e nas próximas trips! Qualidade consolidada e performance comprovada é o que eu preciso!
Para saber sobre a Naish, clique aqui
Próximo destino
Nossos destinos são escolhidos por diversos motivos, sejam eles históricos, geográficos, arqueológicos, populacionais, por suas curiosidades e outros aspectos. São sempre ilhas interessantes e diferenciadas que proporcionam também grandes desafios esportivos no surf, remadas ou travessias.
Passamos por Galápagos por conta de sua fauna endêmica e diversificada. Um Patrimônio Natural da ONU que serviu de base para a teoria da seleção natural desenvolvida por Darwin. Maldivas foi escolhida por se tratar de um dos destinos mais belos e desejados do mundo e por estar ameaçado de sumir do mapa por conta da elevação do nível do mar. Alcatrazes, no litoral norte paulista foi visitado em 2012 justamente no momento em que se levantou a discussão sobre a abertura para visitação desta importante estação ecoloógica federal. A ilha Montão de Trigo tem uma comunidade muito receptiva que luta para sobreviver nas suas terras e tirar o estigma do passado onde eram conhecidos pela “ilha dos monstros”.
Agora vamos conhecer de perto uma das culturas mais intrigantes e misteriosas do mundo. A ilha que também é conhecida como “umbigo do mundo” é o local mais remoto e distante de todos os continentes. As tribos das cultura RapaNui tinham uma forte influência de guerreiros e competidores, lendas misteriosas e uma história que fala sobre a luta pela sobrevivência de uma civilização. Uma região com vulcões, cavernas, cerimoniais religiosos e ruínas rodeados pelas fortes ondas do pacífico. E nós vamos conferir tudo isso de perto. Aguarde as novidades pois partimos no final de outubro!
Austrália
Não há uma pessoa que já não tenha conhecido a Austrália que não fale maravilhas deste país. Seja pelo aspecto cultural, esportivo, natural ou pelo simples fato de que lá “tudo funciona” – é o que mais se ouve. Além das boas ondas, claro! E eu aproveitei que teria o Mundial de Kayaksurf em julho, para conferir de perto o que esta ilha-continente tem que fascina tanto todos os perfis viajantes. É o projeto SUPtravessias vistando a terra dos cangurus e koalas!
Minha prova aconteceria em Sunshine Coast e minha base seria na área de TwinWater, que fica localizado cerca de 2 horas de carro de Brisbane. Portanto, para chegar lá foram 2 dias e meio de viagem e 4 aeroportos, saindo de São Paulo, passando por Santiago, Sidney até chegar a Brisbane. Queensland é considerado uma das regiões mais bacanas da Austrália, com praias bonitas e natureza exuberante além dos clássicos picos do surf mundial, mas é difícil dizer isto de uma país tão diversificado e com tantos atrativos. A área que mais explorei de sup foi Noosa, uma pequena cidade/balneário com tudo que uma remadora e surfista mulher como eu pode gostar se não está em um ambiente selvagem ou isolado. Um parque nacional muito bem cuidado para caminhar e avistar koalas em seu habitat natural. Uma costa com vários picos de surf que ofereciam opções desde uma onda um pouco mais cheia ideal para long até picos mais power, para os mais destemidos. Um grande rio com visual incrível que deságua no mar para fazer as remadas. E pra fechar o dia, restaurantes bacanudos e informais com todos os tipos de comida e várias lojas como as melhores surf shops do mercado internacional.
A região de Noosa é incrível para remar pois além do oceano também tem muitos rios. A sensação é que estamos rodeados de água por todos os lados, ou seja, um verdadeiro parque de diversão! Fiz algumas remadas em rios e no oceano e voltei para casa com excelentes experiências e uma susto daqueles! Logo que terminou minha competição de kayaksurf resolvi fazer uma remada de sup saindo por um longo rio de águas mais turvas, passando por ilhotas de areia com muitos pássaros de várias espécies. Depois de passar a zona de arrebentação entrando em mar aberto, eis que tenho uma visão aterrorizante. Uma grande barbatana branca fundando a cerca de 10m de mim. Eu que já remei em diversos locais com tubarões como por exemplo Galápagos ou Maldivas, já passei por diversas situações desconfortáveis com estes animais mas sempre mantive a calma pois sabia que estava em ecossistemas super equilibrados e sem alertas de perigos de ataque. Agora, na Austrália era diferente…e enquanto estava paralisada pensado que logo poderia passar por debaixo da minha prancha um grande tubarãoderrepente um boto rosado, saltou ao meu lado! A sensação de alívio é inexplicável e logo eu continuei remando com os dois grande botos que me acompanharam por alguns metros até seguirem seu caminho…entendi que aquilo era apenas um “boas vindas”. É fato que na Austrália tem muitos tubarões, é bem comum ouvir histórias dos conhecidos que tiverem que sair da água ou alguma outra situação similar. E isso também fica claro pela estrutura criada para conter este e outros perigos no mar. As praias possuem redes de proteção, de tempos em tempos um helicóptero passa sobrevoando e sempre tem um barco da guarda costeira por perto. E dizem que a operação funciona da seguinte maneira: caso o helicóptero aviste algum tubarão ele avisa o barco que através de uma sonda ou outro tipode tecnologia afasta o animal ou faz o salvamento das vítimas em potencial. Mas isso não impede que os esportes aquáticos sejam altamente desenvolvidos em toda a costa, simplesmente há um cuidado extra, como não sair sozinho por aí
Cangurus e Koalas são os animais mais caracteísticos e conhecidos na Austrália mas a ilha possui uma outras espécies endêmicas e muito curiosas, portanto vale a visita no zoológico, onde você pode interagir com estes animais. Alimentar os cangurus ou abraçar um koala é uma experiência sensacional e divertida. Mas você não precisa ir ao zoo pra ver este animais, é possível avistá-los em seu habitat natural, o que também é incrível. No hotel onde estava hospedada os cangurus apareciam a toda hora, sozinhos ou em grupo vinham tomar água num lago ou apenas descansar. No Parque Naciona de Noosa também é possível ver os koalas no topo das árvores durante uma caminhada depois de uma sessão se surf. Nada Mal não é? A grande quantidade de espécies super colorida de pássaros por todos os lados impressiona, mas o que é engraçado mesmo é o loluma de perus (isso mesmo! O perú de Natal) andando por todos os lados naquela reião, nas ruas, entrando nos estabelecimentos comerciais e por todos os lados…não sei se é só naquela região ou não, mas era um tal de perú para todos os lodos…até camiseta com o animal estampado encontrei, então deve ser algo característico mesmo. Para quem gosta de apreciar a fauna local e animais diferentes a Austrália é imperdível!
Esta é também a terra do surf, e numa ilha rodeada de boas ondas é impossível não sair satisfeito! Pude conhecer diversos tipos de ondas em diferentes praias, todas elas com excelente estrutura para seus visitantes. Estradas bem cuidadas e sinalizadas, vestiários públicos super limpos com chuveiros e banheiros, além de estacionamento. Ou seja em termos de logística o país está de parabéns. De sup surfei mais em Noosa, com uma 9 pés australiana oferecida pelos meus parceiros. São várias prais com boas opções para os amantes do sup e long o que oferece boa diversão sem stress ou localismo. E para quem quer ondas mais fortes e rápidas há também ali pertinh, sempre caminhando por um belo parque nacional com a beleza da natureza. A vida marinha também é muito rica e mais de uma vez tive oportunidade de surfar com golfinhos, algumas vezes mais pertinho outras apenas passando de longe, mas sempre em boa companhia!
Fique surpresa com o que encontrei na Austrália, pois a percepção geral e de um país super focado no surf, quando na verdade é mais do que isso e os esportes a remos são muito presentes na vida da população. A qualidade de vida é um dos grandes princípios que norteiam a vida das pessoas que lá vivem e os esportes tem um papel fundamental neste sentido. Uma curiosidade é que na região onde estive, cada praia tinha o seu Surf Club, que na verdade eram clubes de remos super tradicionais estruturados com bar e restaurante sofisticado, de frente para praia todo tematizado com barcos a remo e com muitas fotos de atletas do passado, medalhas e troféus contando a história e vitórias do clube. Boa parte deles também tem guardarias com muitos caiaques, barcos a remos, sup e pranchas de paddle board e outros equipamentos. E as pessoas moldam suas rotina e estilo de vida através destas modalidades
Meu grande parceiro nesta viagem foi com a operadora especializada em sup “NoosaStand up paddle” (www.noosastanduppaddle.com.au/),com serviços como: aulas para iniciantes, treinamento, sup yoga, surf e trips internacionais– o que mostra o profissionalismo e desenvolvimento do esporte no país. Tive à minha disposição pranchas de race ou surf para desfrutar o dia conforme as condições que a natureza me oferecia. Além da simpatia e recptividade local do instrutor e propietário Rick, que se tornou um grande amigo!
Retrospectiva 2012
Passamos por dois destinos especiais e emblemáticos! O primeiro foi Galápagos, o arquipélago localizado a 1000km da costa do Equador conhecido pela incrível e abundante fauna marinha e por ter servido de laboratório natural para Darwin desenvolver a teoria evolução das espécies. O segundo foi Maldivas, um dos destinos mais desejados do mundo e que corre o risco de desaparecer por conta da elevação do nível do mar. Surf, remadas, observação da fauna, travessias, contato com as comunidades locais foram algumas das atividades realizadas
A travessia de 40km da praia da Barra do Sahy no litoral norte paulista até Alcatrazes foi um marco no projeto neste ano. Fomos os primeiros a receber autorização do Ministério de Meio Ambiente através do ICMBio para realizar a travessia de sup para mostrar as belezas deste arquipélago que é o segundo maior ninhal de aves marinhas do Brasil e uma reserva ecológica protegida. Os treinos de remadas em mar aberto no litoral paulista também abriram algumas vias nunca antes remadas de stand up paddle como a volta na ilha Montão de Trigo ou a volta de 4 ilhas incluindo: Couves, Ilhas, Montão e Gatos num único percurso de 35km.
Graças a parceria feita com o Instituto Tupinambás/ICMBio representado o Ministério do Meio Ambiente foi possível realizar a travessia de Alcatrazes. Pudemos ter acesso a reserva ecologia restrita para turistas e o projeto serviu de ferramenta para mostrar as belezas e necessidade da preservação deste local. Já em Galápagos, através de reunião com a diretoria do parque nacional, contribuímos com a regulamentação do stand up no arquipélago depois de nossa passagem a ilha de São Cristóban.
Os veículos de comunicação de todos os tipos de mídia, sejam revistas, programas de tv, rádios, jornais ou internet são os grandes divulgadores das histórias, imagens, personagens e curiosidades dos locais que passamos e pessoas que conhecemos. Eles atingem milhares de pessoas e levam as mensagens preservação, saúde, companheirismo, coragem e determinação.
O projeto SUPtravessias tem entre seus objetivos promover o conceito “SUP Aventura”. Seja através do surf, remada, observação da fauna e flora e travessias. Remadas com tubarões em Galápagos, locomoção para ter acesso a ilhas e conhecer comunidades mulçumanas em Maldivas, travessia com golfinhos no litoral paulista, observação dos pássaros de pata azul em Galápagos e diversas outras atividades marcaram as nossas aventuras de 2012 com o stand up paddle como base. Um esporte que tem a natureza como seu grande parceiro!
E desejamos à todos: