A bela descoberta do Sri Lanka
O Sri Lanka foi um dos destinos mais surpreendentes que passei pelo projeto SUPtravessias – e se considerar que só passamos por ilhas incríveis, esse é realmente um elogio! Talvez por ter sido uma escolha super autoral, pois queria muito ter contato com uma cultura que tivesse a ayurveda no seu dia-a-dia. Pra quem não sabe ayurveda é um sistema de saúde originário na Índia há mais de 5000 que tem como objetivo promover a longevidade o equilíbrio físico e mental. E esta ciência foi um dos pilares da minha cura de um câncer em 2017. Mas não foi só isso, também sou uma apreciadora de chás, adoro as especiarias, templos budistas e fiquei especialmente intrigada por saber que lá tem muita onda.
Então tudo se encaixou perfeitamente no final de 2018 quando parti pra mais esta aventura.
E uma das coisas que mais me impressionou, foi que se trata de um destino preservado pelo tempo onde você realmente entra na rotina e cultura local de forma verdadeira. Ao caminhar pelas estradas você já sente esta imersão. São os campos de cultivo de arroz, as árvores nativas de pimenta preta, canela ou chá. Passa pelos vilarejos, as escolas e população na sua rotina. O motorista vai parando e com a maior boa vontade mostra os pavões, macacos e aves das mais deferentes espécies e um simples trajeto já se transforma num passeio.
O país que esteve em guerra civil até 2009 só se abriu ao turismo recentemente e está se redescobrindo neste novo cenário. Por conta disso as cultura local é super preservada e o povo extremamente amigável com os viajantes pois eles vêem o turismo como algo muito positivo. Muitos me perguntaram se eu fui sozinha, se o Sri Lanka é seguro e como me organizei por lá. Então aqui segue algumas respostas:
Sim, todas as operações internacionais do projeto SUPtravessias vou sozinha, num modelo super enxuto. Mas na fase de planejamento e pesquisa já entro em contato com empresas e profissionais que possam me dar suporte em questões de logística e segurança – dependendo do tipo de atividade que vou realizar no mar. Geralmente são operadoras de mergulho, turismo e escolas de surf
Me informei com amigos que moram na Índia ou que já haviam viajado para o Sri Lanka se era um destino seguro para mulher viajar sozinha e todos me disseram que poderia ir tranquila. E realmente foi, pude circular pelo país sem qualquer problema ou perturbação, no máximo perguntavam se eu era casada, mas apenas pela curiosidade de ver uma mulher sozinha. Tenho uma série de protocolos pessoais que desenvolvi para minha segurança durante essas viagens internacionais, então saber que um destino é “tranquilo” não significa que não fique extremamente atenta e evite situações que considero de risco.
Mas gente foi até o Sri Lanka para remar, não é? Então vamos falar do litoral….e que litoral! As praias são lindíssimas, com aquele visual paradisíaco, uma vez que a costa é toda coberta de coqueiros e areia branca. As ondas são incríveis com um cardápio variado para iniciantes, intermediários e avançados, podendo escolher entre os fundos de pedra ou beach breaks. Mas o que mais me chamou a atenção foram os pescadores e suas embarcações super coloridas e rústicas.
A pesca é artesanal e esses homens do mar são extremamente amigáveis mostrando suas embarcações e os peixes capturados do dia com orgulho. E não se espante se eles te chamarem pra ajudar a empurrar os barcos na areia depois da chegada na praia, esta é apenas uma maneira simpática de interação com os turistas. Seus sarongues coloridos são suas roupas de trabalho do dia-a-dia, são super fashion e na realidade mostram o quão bonita é a cultura local. A praia de Weligama é uma das mais conhecidas no sul. É uma grande baia e um verdadeiro caldeirão de atrações. São diversas escolas de surf pois suas ondas longas são propícias para o aprendizado. As embarcações características do Sri Lanka estão por todos os lados mas em uma concetração maior do lado esquerdo da praia onde é possível tirar fotos lindas e conversar com os pescadores. No outro extremo o mercado de frutos do mar onde é possível ver todo tipo de peixe fresquinho sendo vendido a céu aberto, logo depois da chegada dos barcos.
Não posso deixar de falar também dos pescadores que protagonizam as imagens icônicas do Sri Lanka. Eles estão por toda a parte e fazem o visual das praias ficar ainda mais incrível. E passaram a usar as estacas de dentro da água para poder pescar mais peixes durante os períodos de guerra e restrição de alimentos. Impossível não sair de lá sem essas fotos…
Entre as remadas e surf que estavam reservados para o período da manhã, fui visitar uma das fábricas de chá mais tradicionais da região sul – a Herman. Tive uma aula sobre a colheita e tipos de chá, visitei o museu e vi todo o processo de fabricação e no final a degustação de vários sabores e tipos. Foi lá que experimente e trouxe na minha bagagem o chá branco mais anti-oxidante do mundo
Em todo seu processo desde a colheita até a embalagem, ele não tem nenhum contato com a pele humana para não perder suas propriedades e tem uma série de certificados para comprovar sua pureza. Viva a saúde!
Passei muito bem no Sri lanka no que se diz respeito a gastronomia. Minha alimentação foi a base de frutos do mar e vegetariana – aliás, todos os restaurantes tinham uma parte do cardápio dedicada a quem não come carne (adorei!) Este é um destino pra quem gosta de pimenta, eles são conhecidos por ser um dos países com a comida mais apimentada da Ásia – então prepare-se! O prato do dia-a-dia deles, por exemplo, é composto por arroz, frutos do mar ao molho de curry, 2 tipos de vegetais (apimentados), lentilha amarela (apimentada) e chutney (apimentadérrimo). E se você perguntar se o prato é apimentado, eles responde que não..rs! Mas o condimento/temperos que eles colocam é tão forte que para nós é muito forte. Não consigo imaginar o que seria um prato apimentado para eles…passava longe no cardápio, pois tinha vários. Mas não se preocupe pois há várias opções de restaurantes e pratos para realmente passar muito bem por lá. O café da manhã era delicioso, muitas receitas feitas a base de côco, como o roast paan – uma pãozinho bem gostoso e nutritivo, os egg hoppers (super famosos) que são panquecas feitas de massa de arroz fermentada com leite de côco e com um ovo no meio e ainda aveia com leite de côco para acompanhar a frutas.
Um dos pontos altos da viagem foi o safari para ver elefantes no Parque Nacional Udawalawe. A dica aqui é chegar cedo – como em qualquer safari – onde os animais estão circulando e é possível ver diversas espécies no seu habitat natural. Elefantes, búfalos, macacos, pavões, tartarugas, gaviões e diversas aves coloridas foram vistos por nós em em dia de muito sol. No horário mais próximo do almoço eles procuram as árvores altas para se refrescar do forte calor. Então logo cedo e final de tarde são os melhores horários para visitar este parques
O roteiro no mar era definido pelas condições climáticas – e confesso aqui que foi mais direcionado ao surf do que as remadas. Isto por que a região que visitei era super constante de onda. Durante as duas semanas em que estive por lá deu cerca de 1m de onda absolutamente todos os dias. A maneira mais prática e divertida de explorar as praias era de tuktuk. Bastava chamar, combinar a praia e quanto tempo você vai ficar surfando por lá e cocar a prancha em cima do carrinho que eles já tinham rack e fita no esquema. As remadas foram curtas, não realizei nenhuma travessia desta vez, mas todas elas incríveis, com paisagens de tirar o fôlego, pois mesclavam praias com visual paradisíacos com muitos coqueiros, as embarcações características ou os pescadores em cima das estacas – simplesmente cinematográfico.
E o surf foi uma boa surpresa, não imaginava que eles tinham essa cultura tão difundida por lá…são tantas escolas de surf na praia de Weligama por exemplo que podem chegar próximo de 30…acredite! A praia é uma longa baia com ondas ideais para quem quer aprender, por isso o número tão alto de escolas. Mas o surf é para todos os níveis (do básico ao avançado) e gostos (fundos de coral ou de areia). Então é satisfação garantida para os surfistas dos mais variados perfis. Fiz minha base nas praias do sul e achei a região super constante de onda, como comentei. Pude mesclar o surf com as outras atividades e como as distâncias não eram grandes os dias rendiam muito!
Vale lembrar que 70% da população do Sri Lanka é budista e os templos são lindos e uma prato cheio de histórias. E mesclar as aventuras no mar com a espiritualidade e cultura local faz transforma a viagem de uma maneira muita rica. Pude visitar 3 templos localizados na região sul onde permaneci a maior parte do tempo e todos eles tinham imagens e histórias que ficarão para sempre na memória. O mais bonito de todos foi (atenção ao nome): Wewurukannala Raja Maha Vihara – aquele da foto que abre a minha matéria. Localizado próximo a cidade de Dickwela é um dos templos mais antigos do país, do século XVIII e tem cerca de 230 anos. E o melhor de tudo é que conheci ele por acaso, não estava previsto no meu roteiro inicial, mas no dia que fui fazer o safari me sugeriram passar por ele, já que estaria no caminho. Aqueles presentes que a gente vai recebendo da vida.. Mas também visitei um templo em Dondra e na cidade de Dickwela mesmo, e mesmo os mais simples são cheios de imagens e esculturas belíssimas. Vou preparar um álbum só de templos pois as imagens são demais!
Encontrei no Sri Lanka tudo que esperava, mas este destino superou minhas expectativas pela quantidade e variedade das ondas, a receptividade de todos os locais, a deliciosa gastronomia e a riquíssima cultura. Na semana que viajei o Lonely Planet divulgou que o Sri Lanka era o destino de 2019 – então pensei que mais uma vez o projeto SUPtravessias estava em sinergia com as mais belas e surpreendentes ilhas do mundo!
Veja quem mais está falando sobre as minhas experiências no Sri Lanka:
:: Folha de S. Paulo – “Surfista escolhe as praias do Sri Lanka para voltar ao mar após vencer o câncer”
:: Waves – “Aventuras no Sri Lanka”
:: Catraca Livre – “Após vencer o câncer, brasileira percorre o Sri Lanka remando”
:: OGlobo – “Cinco motivos para conhecer o Sri Lanka”
:: Qual Viagem – “Sri Lanka é o melhor país do mundo para se visitar em 2019, confirma Roberta Borsari”
:: Perfil Náutico – “Por que o Sri Lanka é o melhor país do mundo para se visitar em 2019?”
:: Tribuna – “Sri Lanka é o destino ideal para aventureiros”
:: Webventure – “Atleta brasileira explica as razões de o Sri Lanka ter sido indicado como o melhor país do mundo para se visitar em 2019”
Continuarei atualizando as informações e imagens aqui no site…pois ainda tem muuita história pra contar ; )
(Fotos deste post: Malka Nihon e arquivo pessoal)
Relatos sinceros ano ar!
Este conteúdo nasceu da vontade de ajudar mais pessoas que estejam em tratamento contra o câncer ou para quem tenha um familiar ou conhecido na batalha. Se você perguntar por aí, quase todo mundo conhece alguém no trabalho, família ou círculo de amizades que está passando ou já passou pelo tratamento. Em 2016 fui diagnosticada com câncer de mama e foi um choque para todos. Afinal, como uma atleta, jovem, super saudável e sem casos de câncer na família pode ter uma doença grave como esta? Sim, pode! E agora após a minha cura, deixo como resposta este site com relatos sobre as principais passagens da minha jornada, meus pilares e o que fez a diferença em cada etapa do tratamento. Transformei todo meu aprendizado em algo que possa ajudar aos outros e não tem nada melhor neste mundo. Essa corrente do bem é como pegar a onda perfeita, sem crowd, somente com os amigos num dia de sol. Fiquei realmente feliz com a repercussão, divulgação e principalmente pelo enorme retorno que tive das pessoas que me falaram que o site ajudou de alguma forma.
Se você conhece alguém que possa ter interesse ou se beneficiar com este conteúdo por favor compartilhe o site: www.xocancer.com.br
Para conhecer o site clique na imagem acima.
10 dicas para organizar sua remada em qualquer lugar do mundo
Muitos praticantes de sup, depois de remar bastante em locais conhecidos, querem explorar novos ambientes, ampliar seus limites de percurso ou então, viajar para curtir seu esporte favorito. Se este é seu caso, separei algumas dicas que acumulei nestes anos durante minhas travessias, pois acredito que todo conhecimento e cautela é precioso quando lidamos com a natureza. Vale reforçar que o material abaixo contém algumas orientações para que quem deseja explorar novos ambientes, mas ele não estimula remadores saírem por aí em locais desconhecidos, pelo contrário, é muito importante ter os procedimentos de segurança revistos para evitar contratempos, ok? Boas remadas!!!
1 – Estude minuciosamente o ambiente que pretende explorar
Quanto mais informação você tiver da região que pretende remar, maior sua chance de sucesso. Alguns lugares tem condições completamente diferentes em cada estação do ano ou mesmo por localização geográfica, portanto visite o máximo de sites, converse com pessoas que já passaram pelo destino, informe-se com os moradores locais e esteja atento as todos os detalhes como histórico de fenômenos naturais, ataques de animais, qualidade da água, alimentação, cultura local, feriados, clima, correntes e tudo que impactará na sua atividade
2 – Faça parcerias locais: escolas de SUP, operadoras de mergulho e pescadores
A melhor fonte de informação são os profissionais que trabalham diariamente no mar, eles poderão lhe passar orientações preciosas sobre o dia-a-dia da região que você pretende navegar e terão experiência sobre fenômenos e situações que podem ocorrer e que você não encontrará em sites ou outros documentos. Também poderão dar apoio com embarcações e outras formas de estrutura local. E claro, as escolas de SUP que hoje estão espalhadas pelo mundo, serão sempre excelentes parceiros!
3 – Fique atento com as companhias aéreas
Cada companhia tem sua regra e algumas delas não tem equipe de atendimento orientada ou com boa vontade para lidar com equipamentos esportivos fora do padrão. Tenha em mãos um print das informações e regras disponíveis no site quando for embarcar para garantir seu direito e não conte apenas com a sorte ou a boa vontade do atendente que vai despachar sua bagagem. Chegue sempre cedo, mais cedo do que um passageiro comum, assim você ainda pega o atendente com boa vontade antes do grande volume de pessoas que chegam ao mesmo tempo que ele vai atender. E lembre-se, embale seu equipamento como se ele fosse jogado no chão, por que provavelmente será : /
4 – Segurança é sempre prioridade!
Qualquer que seja a complexidade da sua remada a segurança deve ser prioridade. E existe diversos meios de garantir esta questão e cercar-se de todos eles podem salvar sua vida, perda de equipamento ou um perrengue desnecessário. Colete salva-vidas, GPS, leash (cordinha), conhecimento do percurso, planejamento, barco de apoio, checagem das condições climáticas e ponto de contato em terra são alguns deles. NUNCA menospreze o oceano. E não pense 2 vezes em abortar a missão se houver algum risco para você, seus amigos ou equipe. Fique atento as variações climáticas, pois se há previsão de virada de tempo, chegada pode adiantar. A atenção redobra em locais da qual você não conhece bem
5- Programe uma janela (quanto maior melhor)
Quando planejar uma remada em um destino que não é seu “quintal”, não trabalhe com datas e sim com janelas, podem ser dias ou semanas, dependendo da sua disponibilidade. Desta forma você assegura uma ou mais remadas em condições mais apropriadas e consequentemente reforça sua segurança. Neste esporte é a natureza que manda, nós apenas nos conectamos e usufruímos o que ela nos oferece. Uma janela associada ao melhor período do ano para uma travessia eleva a possibilidade de sucesso.
6- Tenha um plano C e D
Um dos meus maiores aprendizados em logística e planejamento de travessias foi: o fator surpresa acontece. Então previna-se com um bom planejamento. Quando mais abrir o leque de possibilidades de situações (ruins ou inusitadas) mais preparado você estará. Leme que quebra, tempo que muda, alguém da equipe de apoio que passa mal são alguns fatores que podem alterar seu plano inicial. Em relação aos equipamentos pense para cada um deles: e se quebrar ou se perder? Vale a regra, quem tem 2 tem 1 e quem tem 1…pode ter nenhum. Verifique o seu destino pode ter lojas com os materiais que vc precisa na região que você vai estar. Pense sempre na sua rota de fuga e apoio, caso (por qualquer motivo) não possa continuar remando. Deixe pessoas em terra avisadas dos seus planos e itinerário, mesmo com equipe de apoio
7- Respeite as regras e cultura local
A regra é simples, você não está na sua casa ou no seu país, então tem a responsabilidade de se informar sobre a cultura local, normas de parques nacionais ou reservas ambientais, autorizações ou áreas que pode navegar ou não. E lembre-se, isso também contribui para segurança e sucesso da sua empreitada. Em determinados países, a desculpa ”Eu não sabia” pode custar caro…
8- Faça um seguro saúde e bagagem
Este é o tipo de investimento que vale a pena, pois a dor de cabeça e dano que você pode ter é maior que custo inicial. Acidentes podem ocorrer dentro ou fora d’água então se puder se precaver é bom. Muitos dos equipamentos que usamos são caros e perdê-los não é legal. Fique atento aos detalhes e entrelinhas do seu contrato e prefira um seguro que cubra atividades esportivas para não ter surpresas depois.
9- Escolha a época mais adequada
Nem sempre temos disponibilidade pra viajar na data que gostaríamos, mas se seu objetivo é remar, a época do ano é determinante para o sucesso ou maior aproveitamento da sua atividade, independente da complexidade. Locais com períodos de chuvas, ventos e outros fatores climáticos que se tornam intensos podem te atrapalhar ou até te colocar em risco. E vale lembrar que a natureza pode oferecer surpresas, mesmo com tudo planejado.
10- Simule ao máximo as condições que vai ter pela frente
Tipo de equipamento utilizado, vestimenta, alimentação, temperatura, condição de sono, ondulação, fatores climáticos, ou seja, tudo! Quanto mais você treinar simulando as condições que vai encarar mais chances de sucesso terá na sua empreitada. E melhor irá lidar com as situações surpresas que podem aparecer. Treino, treino treino! Aqui vale essa regra! Vai para um lugar frio? Acha que a luva vai ajudar? Não deixe para experimentar só quando chegar no destino
Expedição Ilha de Boipeba / Bahia abril 2016
Dizem que a felicidade só é completa quando compartilhada! Então desde o ano passado tenho feito expedições em grupo, onde eu a e operadora de viagens Freeway levamos remadores para explorar de SUP destinos especiais. São pessoas que já tem contato com o SUP, que curtem natureza e compartilham o prazer de remar, principalmente em ambientes preservados, como este que vistamos desta vez. Para mim uma experiência incrível pois tenho a oportunidade de passar muito do que aprendi durante todos estes anos nos esportes de aventura e nas travessias que já fiz pelo mundo. Tudo isso, sem correria, com muito planejamento, segurança e em destinos espetaculares, escolhidos a dedo para que possamos aproveitar ao máximo a natureza e a companhia daqueles que curtem o SUP!
Bom, agora vou contar como foi nossa viagem… Imagine um pedacinho do paraíso onde o turismo desenfreado ainda não chegou, uma ilha onde não é permitido carros, vilas de pescadores tradicionais com uma rica cultura local e paisagens de tirar o fôlego, pois foi isso que encontramos!
Localizada ao sul da Bahia, na região da costa do dendê, Boipeba é uma ilha que oferece uma série de ecossistemas para explorar de SUP: rios, manguezais, praias desertas e piscinas naturais. A expectativa estava lá em cima e ela foi atendida em tudo que esperavamos!
Nossa base foi na praia da Boca da Barra, como o próprio nome diz é uma boca de rio, estávamos super bem posicionados onde podíamos escolher para onde íamos remar, seja no mar ou pelo rio. A nossa pousada, Santa Clara, além de oferecer quartos deliciosos e super aconchegantes, contava com um restaurante que é conhecedo como o melhor da ilha. Cada dia um cardápio diferente e um prato melhor que outro…sempre difícil de escolher!
Escolhemos os SUPs infláveis da Brazzos para nossa aventura, pois eles oferecem a qualidade, resistência e os modelos ideais para nossa aventura. Eles nunca nos deixaram na mão e isso é importantíssimo em uma viagem como a nossa.
No primeiro dia fizemos algumas remadas de reconhecimento do local, incluindo um passeio bem legal pelo manguezal. Estas remadas são importantes para que o grupo/equipe se adapte aos equipamentos, para nós combinarmos toda a comunicação do grupo/equipe na água (exemplo: sinalizações com remo e comunicação à distância) e todos os procedimentos de segurança. Bom e também para curtir pois esse é nosso principal objetivo! A integração da equipe sempre acontece muito rápida e por conta disso costumo chamar de “equipe” e não apenas de grupo…isto por que todos passam a se ajudar, colaborar, trocar informações e entendem que este é o espírito de uma viagem de aventura.
Já no segundo dia tivemos uma remada um pouco mais longa. Afinal todos estão lá por que querem remar, chegam cheio de energia e expectativa. A travessia do Moreré foi emocionante, pois pegamos uma corrente forte logo de cara. Mas logo depois quando todos se reuniram perto da barco de apoio um golfinho apareceu para nos dar as boas-vindas e desejar boas remadas ao grupo. Foi bem especial pois golfinhos sempre trazem alegria e boas energias! Eles sempre aparecem nas minhas travessias e desta vez não foi diferente! Seguimos adiante passando por praias lindíssimas, uma mais bela e preservada que a outra! Entre elas destaco a praia de Cueira, uma longa extensão de areia o coqueiros que enchem nossos olhos e da aquele “clima” baiano. Nosso lema era: “Sorria, você está remando na Bahia!” E assim fomos trilhando nossa viagem intercalando as remadas com a boa culinária local, passeios, trilhas, caminhadas e também muito papo bom sobre stand up paddle e todo o universo deste esporte incrível.
Abaixo o visual das famosas piscinas naturais do Moreré, uma área com muitos peixes e corais onde paramos para fazer snorkel. Isto por que queremos explorar o oceano por cima, remando, mas abaixo também, mergulhando. Esta foi uma parada estratégia onde saímos de barco logo cedo para remar do outro lado da ilha, mas como sabíamos que a maré estaraia ideal para este mergulho nos organizamos para ficar ali um tempinho. E o melhor, não havia nehum outro barco, só nós no paraíso, digo isso pois estas piscinas são um ponto turístico e apesar de Boipeba ser uma APA (Área de Preservação Ambiental) as pessoas querem desfrutar de uma lugar tão lindo! A alta temporada é no verão onde os turistas que estão em Morro do São Paulo vem passar alguns dias na ilha, mas fora isso, é bem tranquilo e este é um dos grande diferenciais deste destino.
Aqui em cima nosso grupo: Neusa, Natalina, Fabio, Kety, Thais e nosso guia local que sabe tudo de Boipeba, o Marquinhos. Neste dia depois de uma super remada paramos para curtir um pouco a praia, degustar um peixinho, lagosta e outros quitutes. Essa era a nossa rotina e não tem nada melhor para renovar as energias para quem vive em uma metrópoli ou para quem quer conhecer um novo destino…e se for de SUP melhor ainda, não é?
Na imagem abaixo, o visual que fica difícel deixar para tras…a tranquilidade de um paraíso preservado. Até a próxima Boipeba, voltamos em novembro!! Ôba!!
Se você curtiu esta experiência e tem interesse em participar de uma viagem com SUP da Freeway, entre em contato conosco:
Meu e-mail: contato@robertaborsari.com.br Freeway Sports: www.freeway.tur.br ou tel.: 5088-0999
Deslizando nos jardins subaquáticos de Moorea
Depois de visitar a Ilha de Páscoa para conhecer de perto a cultura de grandes guerreiros e os mistérios dos moais de pedra. E de realizar a circum-navegação de Fernando de Noronha, partimos para mais uma aventura. No início de outubro exploramos de SUP uma das ilhas mais belas e ricas em vida marinha do mundo: Moorea. Esta pequena ilha vulcânica localizada a 17km do Thaiti é um paraíso repleto de histórias da cultura polinésia e com natureza exuberante.
Esta foi uma operação muito especial, o objetivo aqui não era realizar uma circum-navegação em uma única remada, ou uma longa travessia em mar aberto, como fiz em Alcatrazes, mas diversas remadas mais curtas passando pelo principais pontos da ilha percorrendo suas 3 faces e suas 2 baías. A água transparente oferecendo uma visibilidade incrível pediu remadas lentas para observar as raias, moreias, tubarões, tartarugas e diversas espécies de peixes. Sempre reforço que o SUP é um excelente equipamento para explorar ambientes protegidos, parques marinhos ou estações de conservação. Isto por que ele oferece ótima mobilidade sem qualquer impacto ambiental (barulho, óleo e etc…) e proporciona boa visibilidade próxima, distante (uma vez que o remador está de pé) ou mesmo abaixo dele. Outro instrumento básico que funciona muito bem com o SUP e que utilizei bastante em Moorea, são as nadadeiras e máscara, pois é possível durante um trajeto você sair da superfície e explorar o ambiente abaixo dela trazendo outra percepção.
Uma dos aspectos mais interessantes desta viagem, é que ela alinha beleza natural, uma biodiversidade muito rica e ainda diversas tradições e lendas da cultura polinésia. Um destino perfeito para os amantes do oceano. O norte da ilha concentra os grandes resorts, mas todo o restante compõe pequenas vilas onde é possível passar por bancas vendendo frutas, flores e outros produtos naturais. Me arrisco a dizer que todos (ou quase) locais são tatuados, em toda a ilha há estúdios para os turistas que queiram sua recordação registrada na pele. As mulheres estão sempre com um sorriso e uma flor no rosto. Se a flor estiver na esquerda é porque ela é comprometida, se estiver na direita está livre e a procura de uma parceiro. Os colares e coroas de flores são lindos e sempre naturais e não são usados apenas em grandes comemorações. Ao passear pela ilha você observa que cada casa tem a sua canoa, uma vez que este é mais que um meio de transporte ou esporte, é uma tradição.
Um dos destaques deste destino é a rica vida marinha. Então esportes como mergulho livre (snorkel) e de cilindro, são quase que obrigatórios para quem deseja ter a experiência de nadar rodeado por peixes, tartarugas, raias e até tubarões! Isso mesmo, mas você não precisa se preocupar, pois trata-se de um ecossistema equilibrado onde é possível mergulhar sem receio.
São muitas as informações e imagens que tenho para mostrar e estarei atualizando tudo aqui. Acompanhe e entre no clima thaitiano! Mas já deixo aqui o meu agradecimento especial ao meu patrocinador UOL e apoiodador Board House, grandes parceiros e viabilizadores do projeto SUPtravessias e desta jornada em Moorea. Maururu! (obrigado)
O PONTO DE PARTIDA
A rota que fiz para chegar até Moorea foi passando pelo Chile, primeiro por Santiago e depois pela Ilha de Páscoa. Destino da qual o projeto SUPtravessias também já visitou. Depois da chega no Thaiti a última “pernada” foi de barco. Como você pode ver na imagem acima, de porte grande e confortável. O trecho de cerca de 17km é feito em 35min.
Entre tantas ilhas lindíssimas na Polinésia Francesa minha escolha por Moorea foi pelo fato dela manter muitas tradições culturais. Diferente por exemplo de Bora Bora, que claro é espetacular, mas que já está tomada de resorts, jetskis e turismo abundante. Moorea é uma ilha pequena com 133,5 km2 que mescla praias paradisíacas e vilarejos simples.
Há diversas opções de hospedagem, dos resorts mais fantásticos com seus bangalôs sob o mar, todos localizados ao norte da ilha, a hotéis e B&B (bed and breakfast) dos mais variados estilos. Eu optei por ficar nestes bangalôs na vila de Hauru, super bem localizado a noroeste da ilha. De frente para dois motus (ilhotas) recheados de vida marinha, perto da villa com mercado e restaurantes. E cerca de 10 minutos de Haapiti, onde tem uma esquerda espetacular…já que o surf também estava nos planos. Para a minha logística funcionou perfeitamente, pois o bangalô tinha uma pequena cozinha deixando tudo mais funcional no dia-a-dia da viagem.
Aqui Elise, gerente da minha pousada e a vista do meu bangalô. Os locais sempre com o sorriso no rosto e dispostos a ajudar. Neste ponto, esta receptividade foi muito importante na logística das minhas remadas pois contei muito com as pessoas que conheci lá e também com aqueles que já tinha feito contato antes da viagem. Entre estas duas ilhotas ao fundo na foto era possível avistar tubarões, raias, muitos peixes e tartarugas, um local incrível para remar e fazer snorkel há alguns metros do meu quarto.
A venda de frutas e produtos naturais está por toda parte em Moorea. Apesar de ser um polo de turismo mundial a ilha mantém suas característica e essência no seu dia-a-dia com seus vilarejos e cultura polinéisa. A simplicidade aliada a hospitalidade local e a praias paradisíacas é que da o charme desta pequena ilha do pacífico. Repare no cuidado da decoração com os hibiscos vermelhos, esta beleza você vê em toda a ilha.
Não poderia deixar de destacar o ceviche thaitiano, com sua receita a base de leite de côco. É realmente delicioso e uma ótima pedida para quem quer comer bem! Na ilha há diversas opções de restaurantes e os frutos do mar são a base da culinária local. O abacaxi é a fruta mais plantada na ilha e os sucos são deliciosos pra acompanhar qualquer refeição.
CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO PARA LER A MATÉRIA NO SUPCONNECT
Todas as remadas e percursos foram planejados antes da viagem, porém boa parte sofreu adaptação enquanto eu estava no destino – o que sempre pode acontecer. Isto por conta da logística geral, ou seja ponto de saída e equipe de apoio na minha chegada ou então por conta das variações climáticas. A grosso modo, podemos dizer o norte da ilha tem as regiões mais protegidas e o sul eram onde os ventos são mais potentes e tem maior influência nas navegações. Isto fez com que as remadas fossem super variadas, desde tranquilas em águas calmas apreciando a vida marinha até downwinds técnicos onde era necessário estar atenta para não perder a rota. Na imagem abaixo minha passagem por uma das baías que mostra o recorte da geografia, outro destaque do visual da ilha.
A tatuagem também tem uma presença muito forte na cultura polinésia, ela era um ritual de homenagem e um símbolo de, destreza, beleza e amor. A história conta que reis mostravam seu poder pelas tatuagens em todo o rosto e imagens mostram que as mulheres tinham apenas o queixo desenhado. Ainda hoje é muito a influência das tatoos e boa parte dos locais tem desenhos incríveis em seus corpos. Eu adoro tatoo e depois de tantas experiências incríveis não poderia deixar de registrar na minha pele uma recordação para toda a vida. Deis a ideia do remo com a flor, para simbolizar a minha passagem. Eu sem falar francês, meu tatuador, sem falar inglês..rs! Vale comentar que ele fez a tatoo direto na pele (#freehand) com inscrições thaitianas com significado de “viagem” e “oceâno”. Amei!
VEJA ABAIXO A MATÉRIA PUBLICADA NA EDIÇÃO DE NOVEMBRO DA REVISTA FLUIR STAND UP
Revista Iate Life
A revista Iate Life mostra o Projeto SUPtravessias e alguns dos destinos que já visitamos, como: Galápagos, Alcatrazes, Maldivas e Ilha de Páscoa.
Programa Estrelas
Como uma atleta especialista em esportes a remo e campeã do kayaksurf, outra modalidade da qual me dedico além do SUP, participei do programa apresentado pela Angélica na rede Globo. Clique aqui para assistir a matéria veiculada 15/02/14
Coluna no UOL
Agora também escrevo uma coluna no UOL sobre “ESPORTES A REMO AVENTURAS & VIAGENS”! Este é o nosso espaço para falar com o grande público sobre sup, canoa havaiana, kayakasurf, waveski, rafting, canoagem oceânica, corredeiras e tantos outros esportes maravilhosos que oferecem o contato direto com a natureza, liberdade e muita saúde!!
E para começar um texto especialmente para aqueles que quem iniciar no SUP! Com a participação de especialistas feras no esporte dando suas SUPer dicas! Clique aqui e divirta-se!
Expedição Ilha de Páscoa
Visitar a Ilha de Páscoa, foi muito mais do que conhecer um destino exótico com praias, ondas e sítios arqueológicos recheados de mistérios. Na verdade foi como um rito de passagem, um pedido de benção para os guardiões do oceano, da cultura polinésia e dos grandes guerreiros do mar. Algo que se relacionou com o meu momento de vida e que tinha certeza que seria uma viagem incrível e inesquecível – como foi!
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OS NOVOS PARCEIROS
Além das empresas e pessoas que já apoiam o projeto SUPtravessias, nesta viagem pudemos contar com 3 novos e especiais parceiros.
A Naish, conceituada e consolidada fabricante de equipamentos para surf, kitesurf e stand up paddle ofereceu um modelo inflável para que eu pudesse percorrer distâncias maiores de sup em locais remotos. Foi sensacional e fez toda a diferença – os detalhes estão no relato abaixo.
A operadora de mergulho Mike Rapu Dive localizada na Ilha de Páscoa ofereceu toda a logística para travessia até ao motu do homem pássaro e fez as honras da casa com a hospitalidade de sua equipe nos ajudando no que foi necessário durante a viagem
A equipe Rapa Nui Photo foram responsáveis pelas imagens maravilhosas que vocês virão a seguir e também foram grandes parceiros e amigos durante a nossa estadia na ilha
OS EQUIPAMENTOS
Levei dois sup’s: uma prancha para surf New Impact 9.0 e um sup inflável Naish para fazer as remadas mais longas. Foi minha primeira viagem levando o equipamento inflável e ele foi estrategicamente muito bem vindo para que eu pudesse realizar a minha travessia tão almejada – até o Mutu Nui – local onde ocorria a competição do homem pássaro. Para complementar, o remo utilizado na expedição também foi Naish!
O equipamento escolhido foi o modelo Naish One, de 12.6 pés, com cerca de 10k – um sup versátil que alia praticidade à performance. Perfeito pra mim, pois minha intenção era percorrer trechos mais longos na ilha – o que não seria possível se estivesse com uma prancha híbrida (surf + remada), por exemplo. Eu que estou acostumada a viajar com pranchas e caiaques, pude relaxar com a praticidade do transporte entre carro e aeroportos, além da facilidade para despachar como bagagem. Ufa!
A ILHA
Conhecida como “umbigo do mundo” a ilha de Páscoa é considerada a ilha habitada mais remota do mundo e fica localizada a cerca de 3.700km da costa do Chile e 4.000km do Tahiti. Sua origem é vulcânica e por canta disso as rochas negras contrastam com a água azul turquesa cristalina prevalecendo uma especial beleza da natureza. Mistura-se então as incríveis estátuas dos moais com suas histórias e mistérios cercados pela cultura da polinésia dos Rapa Nuis e obtém um dos destinos mais incríveis para se visitar. Uma mescla de aventura, mistérios, esportes, cultura e arqueologia.
OS MISTÉRIOS E HISTÓRIAS
“Um dia um rei da polinésia sonhou que sua ilha seria destruída e ao acordar assustado tomou uma decisão: enviar 7 guerreiros com o objetivo de descobrir uma nova terra para viver”. É assim que se conta a história sobre os primeiros habitantes que chegaram na ilha de Páscoa. Curiosamente entre as diversas plataformas com os moais distribuídos por toda a ilha, apenas uma está virada de frente para o mar. E é justamente a plataforma que representa os 7 guerreiros com todos eles direcionados para a polinésia francesa.
Não é a toa que a Ilha de Páscoa é considerada um o maior museu do mundo em céu aberto. Os moais são a grande atração do local e sua história é muito interessante. Na cultura Rapa Nui os chefes tribais possuíam o “mana” que é a força espiritual representada através do conhecimento, poder sobrenatural, sabedoria e fertilidade. Quando essas pessoas especiais morriam eram enterradas e sobre eles eram construídas as plataformas com os moais. Estas esculturas eram colocadas nas plataformas sem os olhos e durante uma cerimônia quando os olhos eram aplicados nos moais o “mana” era reencarnada e mantido. Por isso a ilha e reconhecida por um lugar com forte energia.
O SURF
A Ilha de Páscoa também é conhecida pelas suas grandes e fortes ondas, big riders passam pela ilha para desafiar as bombas Rapa Nui, mas também existe um local para os “reles mortais” como eu que querem se divertir. Na praia da vila quebram ondas muitas boas que podem ser surfadas na companhia de alguns locais. Mas apesar da água cristalina e as tartarugas que passam por perto, toda a atenção é necessária, pois o fundo é de pedra e relativamente raso.
A TRAVESSIA E COMPETIÇÃO DO HOMEM PÁSSARO
Saí do Brasil determinada a fazer uma travessia que se iniciaria na vila de pescadores e chegaria até ao Motu Nui – ao lado do vulcão onde ocorria a competição do homem pássaro.
Para quem não conhece esta é uma das histórias mais interessantes da Ilha de Páscoa.
Diferentes tribos conviviam pacificamente na ilha, mas após a era da adoração aos moais e com a escassez de recursos naturais para sobreviver, começaram ocorrer as disputas entre as comunidades locais. Através da competição do homem pássaro passou a ser determinada a tribo que “governaria”por um ano a ilha. Cada líder escolhia seu melhor guerreiro para representar sua tribo numa competição de via ou morte. Dada a “largada” eles deveriam descer cerca de 300m de um vulcão nadar num oceano infestado de tubarões até atingir o motu (significa “ilha pequena”) onde um pássaro migrava determinada época do ano e colocava seus ovos neste local. Os guerreiros deveriam localizar e escolher um ovo e trazer de volta até o local da largada enfrentado novamente a maré e a escalada do vulcão. Aquele que chegasse primeiro teria a sua tribo vencedora e governando a ilha. Muitos morriam no caminho caindo dos penhascos e sendo devorados pelos tubarões.
Esta travessia não seria a maior em percurso, mas com certeza uma das mais importantes que eu realizei na minha carreira. Foram cerca de 20km com fortes correntes me jogando para fora do meu percurso e me faziam ter que remar sempre do mesmo lado. Ventos com rajadas que nunca havia enfrentado antes, fazendo com que em alguns momentos eu tivesse que remar ajoelhada como se este fosse uma maneira respeitosa para chegar a um lugar sagrado aos guardiões da Ilha de Páscoa. Uma remada bem puxada, técnica e em que eu tive que utilizar toda a minha experiência para completá-la. Contei com o apoio da equipe da Mike Rapu Dive para me acompanhar a fazer a segurança durante o trajeto percorrido. E também com a equipe da Rapa Nui Photo para registrar todos os momentos desta incrível aventura, que eu considero uma das mais especiais que já fiz.
A CULTURA POLINÉSIA
A ilha de Páscoa faz parte do quadrante da polinésia em tem em suas raízes um profundo orgulho de sua cultura. Isso é representado através da sua dança, musicalidade, história, tatuagens e outros aspectos. Os visitantes da ilha podem conhecer um pouco mais dessa cultura no show de dança e música Kari-Kari, apresentado 2 duas por semana.
FÁBRICA DE MOAIS
Um dos locais mais incríveis da ilha é o vulcão onde eram talhados todos os moais. Caminhar pela base desta enorme montanha é como visitar um museu a céu a aberto. Lá é possível ver de perto as esculturas que podem atingir até 21m em diversas posições e situações. Há moais ainda incrustado na parede do vulcão Ranu Raraku , outros caídos como se tivesse havido algum problema durante o transporte, outros em pé porém com parte do corpo soterrado. Durante a visita também é possível ver o único moai com características diferentes, uma vez que ele está sentado e possui barba. Muitas são as histórias e lendas que envolvem os moais e seu transporte para toda ilha e passear pelo vulcão e como um mergulho na cultura Rapa Nui.
O PACÍFICO
A força o mar do pácifico, já é mundialmente conhecida. Como eles dizem por lá, “o pacífico é pacífico só no nome” Mas quando ele permeia a ilha mais remota do mundo, onde não há continentes por perto ou qualquer tipo de barreira sua força e energia são ainda mais potentes e vibrantes. Os ventos, as correntes e as ondas formam um espetáculo que requer respeito e inspira admiração. Tudo isso misturado com a incrível beleza de uma água cristalina azul turquesa única
A PLATAFORMA DOS 15 MOAIS
Se as plataformas com moais tem um caráter espiritual e história com forte energia, o que dirá da maior delas localizada entre o mar do pacífico e um vulcão. Este é um local realmente especial que merece uma pausa além das fotos para contemplar e meditar. Seja qual for a sua religião ou crença a passagem por esta plataforma te faz pensar e traz uma boa energia.
A PRAIA DE ANAKENA
Considerada a praia mais bonita da Ilha de Páscoa, este lugar que mistura a beleza natural das águas cristalinas azul turquesa e o visual incrível dos moais é único e especial. Uma parada obrigatória para todos visitantes.
AS TATOOS
A cultura polinésia é conhecida pela adoração pelas tatuagens, algo que faz parte da vida das pessoas há milênios e passa de geração para geração. Por isso é comum viajantes fazerem suas tatuagens nas ilhas onde artistas tem talentos excepciona e fazem desenhos diferenciados e exclusivos. Comigo não foi diferente, uma viagem marcante e especial que marquei na minha pele como um “recuerdo Rapa Nui”
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MÍDIA
Todo o material registrado na ilha de Páscoa é divulgado nos principais veículos de comunicação do país. Revista Fluir Stand-up, portal UOL, rádio Eldorado FM, canal Woohoo entre tantos que abrem espaço para o stand-up e os destinos percorridos pelo projeto SUPtravessias
E abaixo a matéria na revista FLUIR STAND UP de janeiro de 2014
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AGRADECIMENTOS ESPECIAIS:
UOL – www.uol.com.br
BOARD HOUSE – www.boardhousebrasil.com.br
NAISH – www.wsb.com.br
RAPA NUI PHOTOS – www.rapanuiphotos.com
MIKE RAPU DIVE CENTER – www.mikerapu.cl
Agora com a versatilidade do SUP inflável Naish
O equipamento que faltava nas aventuras do projeto SUPtravessias agora vai nos proporcionar mais mobilidade e trazer praticidade durante a logística em aeroportos e outros meios. Em nossas viagens precisamos de um equipamento versátil, afinal os nossos destinos são bem variados. As vezes levando 2 ou mais dias para chegar ao local desejado e passando por trajetos terrestre, aéreo e marítimo.
Com o sup inflável será possível remar trajetos mais longos, que antes eram realizados em pranchas para remadas curtas. Isto por que as companhias aérias tem uma série de restrições para transportar pranchas de qualquer modalidade, muitas vezes o equipamento chega danificado e se tiverem mais de 3m, simplismente não embarca… E não é apenas em viagens longas que o sup inflável mostra o seu diferencial, no dia-a-dia onde é possível guardar o equipamento no porta mala do carro, dentro de casa ou no quarto da pousada, faz toda diferença!
Portanto o sup inflável Naish será o equipamento e meio de transporte durante as remadas que vou realizar na Ilha de Páscoa e nas próximas trips! Qualidade consolidada e performance comprovada é o que eu preciso!
Para saber sobre a Naish, clique aqui