Deslizando nos jardins subaquáticos de Moorea

Depois de visitar a Ilha de Páscoa para conhecer de perto a cultura de grandes guerreiros e os mistérios dos moais de pedra. E de realizar a circum-navegação de Fernando de Noronha, partimos  para mais uma aventura. No início de outubro exploramos de SUP uma das ilhas mais belas e ricas em vida marinha do mundo: Moorea. Esta pequena ilha vulcânica localizada a 17km do Thaiti é um paraíso repleto de histórias da cultura polinésia e com natureza exuberante.

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Esta foi uma operação muito especial, o objetivo aqui não era realizar uma circum-navegação em uma única remada, ou uma longa travessia em mar aberto, como fiz em Alcatrazes, mas diversas remadas mais curtas passando pelo principais pontos da ilha percorrendo suas 3 faces e suas 2 baías. A água transparente oferecendo uma visibilidade incrível pediu remadas lentas para observar as raias, moreias, tubarões, tartarugas e diversas espécies de peixes. Sempre reforço que o SUP é um excelente equipamento para explorar ambientes protegidos, parques marinhos ou estações de conservação. Isto por que ele oferece ótima mobilidade sem qualquer impacto ambiental (barulho, óleo e etc…) e proporciona boa visibilidade próxima, distante (uma vez que o remador está de pé) ou mesmo abaixo dele. Outro instrumento básico que funciona muito bem com o SUP e que utilizei bastante em Moorea, são as nadadeiras e máscara, pois é possível durante um trajeto você sair da superfície e explorar o ambiente abaixo dela trazendo outra percepção.3_600

7_600Uma dos aspectos mais interessantes desta viagem, é que ela alinha beleza natural, uma biodiversidade muito rica e ainda diversas tradições e lendas da cultura polinésia. Um destino perfeito para os amantes do oceano. O norte da ilha concentra os grandes resorts, mas todo o restante compõe pequenas vilas onde é possível passar por bancas vendendo frutas, flores e outros produtos naturais. Me arrisco a dizer que todos (ou quase) locais são tatuados, em toda a ilha há estúdios para os turistas que queiram sua recordação registrada na pele. As mulheres estão sempre com um sorriso e uma flor no rosto. Se a flor estiver na esquerda é porque ela é comprometida, se estiver na direita está livre e a procura de uma parceiro. Os colares e coroas de flores são lindos e sempre naturais e não são usados apenas em grandes comemorações. Ao passear pela ilha você observa que cada casa tem a sua canoa, uma vez que este é mais que um meio de transporte ou esporte, é  uma tradição.6_600

Um dos destaques deste destino é a rica vida marinha. Então esportes como mergulho livre (snorkel) e de cilindro, são quase que obrigatórios para quem deseja ter a experiência de nadar rodeado por peixes, tartarugas, raias e até tubarões! Isso mesmo, mas você não precisa se preocupar, pois trata-se de um ecossistema equilibrado onde é possível mergulhar sem receio.

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São muitas as informações e imagens que tenho para mostrar e estarei atualizando tudo aqui. Acompanhe e entre no clima thaitiano! Mas já deixo aqui o meu agradecimento especial ao meu patrocinador UOL e apoiodador Board House, grandes parceiros e viabilizadores do projeto SUPtravessias e desta jornada em Moorea. Maururu! (obrigado)

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O PONTO DE PARTIDA

A rota que fiz para chegar até Moorea foi passando pelo Chile, primeiro por Santiago e depois pela Ilha de Páscoa. Destino da qual o projeto SUPtravessias também já visitou. Depois da chega no Thaiti a última “pernada” foi de barco. Como você pode ver na imagem acima, de porte grande e confortável. O trecho de cerca de 17km é feito em 35min.

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Entre tantas ilhas lindíssimas na Polinésia Francesa minha escolha por Moorea foi pelo fato dela manter muitas tradições culturais. Diferente por exemplo de Bora Bora, que claro é espetacular, mas que já está tomada de resorts, jetskis e turismo abundante. Moorea é uma ilha pequena com 133,5 km2 que mescla praias paradisíacas e vilarejos simples. 1

Há diversas opções de hospedagem, dos resorts mais fantásticos com seus bangalôs sob o mar, todos localizados ao norte da ilha, a hotéis e B&B (bed and breakfast) dos mais variados estilos. Eu optei por ficar nestes bangalôs na vila de Hauru, super bem localizado a noroeste da ilha. De frente para dois motus (ilhotas) recheados de vida marinha, perto da villa com mercado e restaurantes. E cerca de 10 minutos de Haapiti, onde tem uma esquerda espetacular…já que o surf também estava nos planos. Para a minha logística funcionou perfeitamente, pois o bangalô tinha uma pequena cozinha deixando tudo mais funcional no dia-a-dia da viagem.

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Aqui Elise, gerente da minha pousada e a vista do meu bangalô. Os locais sempre com o sorriso no rosto e dispostos a ajudar. Neste ponto, esta receptividade foi muito importante na logística das minhas remadas pois contei muito com as pessoas que conheci lá e também com aqueles que já tinha feito contato antes da viagem. Entre estas duas ilhotas ao fundo na foto era possível avistar tubarões, raias, muitos peixes e tartarugas, um local incrível para remar e fazer snorkel há alguns metros do meu quarto.

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A venda de frutas e produtos naturais está por toda parte em Moorea. Apesar de ser um polo de turismo mundial a ilha mantém suas característica e essência no seu dia-a-dia com seus vilarejos e cultura polinéisa. A simplicidade aliada a hospitalidade local e a praias paradisíacas é que da o charme desta pequena ilha do pacífico. Repare no cuidado da decoração com os hibiscos vermelhos, esta beleza você vê em toda a ilha.

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Não poderia deixar de destacar  o ceviche thaitiano, com sua receita a base de leite de côco. É realmente delicioso e uma ótima pedida para quem quer comer bem! Na ilha há diversas opções de restaurantes e os frutos do mar são a base da culinária local. O abacaxi é a fruta mais plantada na ilha e os sucos são deliciosos pra acompanhar qualquer refeição.

CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO PARA LER A MATÉRIA NO SUPCONNECT1

Todas as remadas e percursos foram planejados antes da viagem, porém boa parte sofreu adaptação enquanto eu estava no destino – o que sempre pode acontecer. Isto por conta da logística geral, ou seja ponto de saída e equipe de apoio na minha chegada ou então por conta das variações climáticas. A grosso modo, podemos dizer o norte da ilha tem as regiões mais protegidas e o sul eram onde os ventos são mais potentes e tem maior influência nas navegações. Isto fez com que as remadas fossem super variadas, desde tranquilas em águas calmas apreciando a vida marinha até downwinds técnicos onde era necessário estar atenta para não perder a rota. Na imagem abaixo minha passagem por uma das baías que mostra o recorte da geografia, outro destaque do visual da ilha.

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A tatuagem também tem uma presença muito forte na cultura polinésia, ela era um ritual de homenagem e um símbolo de, destreza, beleza e amor. A história conta que reis mostravam seu poder pelas tatuagens em todo o rosto e imagens mostram que as mulheres tinham apenas o queixo desenhado. Ainda hoje é muito a influência das tatoos e boa parte dos locais tem desenhos incríveis em seus corpos. Eu adoro tatoo e depois de tantas experiências incríveis não poderia deixar de registrar na minha pele uma recordação para toda a vida. Deis a ideia do remo com a flor, para simbolizar a minha passagem. Eu sem falar francês, meu tatuador, sem falar inglês..rs! Vale comentar que ele fez a tatoo direto na pele (#freehand) com inscrições thaitianas com significado de “viagem” e “oceâno”. Amei!

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VEJA ABAIXO A MATÉRIA PUBLICADA NA EDIÇÃO DE NOVEMBRO DA REVISTA FLUIR STAND UP

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DICAS SOBRE MOOREA NA REVISTA TOP DESTINOS – MARÇO 2016
TESTE

set 18, 2015
staff

Release Ilha de Páscoa

Fotos:www.rapanuiphotos.com

Em breve todas as informações e experiências vividas na ilha estarão aqui, por enquanto, divulgamos o release oficial da expedição para dar uma prévia deste lugar incrível e tão especial

RELEASE

Com o Projeto SUPtravessias, Roberta Borsari explora as belezas da Ilha de Páscoa
Aventureira percorreu o mar do Pacífico na remada, experiência eleita como a mais desafiadora de sua carreira

A atleta Roberta Borsari acaba de voltar da fascinante Ilha de Páscoa, o lugar mais isolado do mundo, onde esteve entre 26 de outubro e 2 de novembro. A brasileira, que já desbravou os mares de destinos como Galápagos, Maldivas e Alcatrazes, define a viagem como uma das mais importantes e desafiadoras do Projeto SUPtravessias – que visa registrar, pela ótica do stand up paddle (SUP), as belezas naturais, as curiosidades, a história e a cultura das mais diversas ilhas do Brasil e do mundo.

“Tudo é muito intenso na Ilha de Páscoa. Por ser a ilha habitada mais afastada de todos os continentes, a força da natureza é muito impressionante. O vento, as ondas e as correntes marítimas são fortíssimos”, explica Borsari. Não à toa, foi lá, no mar do Pacífico, que experimentou uma das remadas mais difíceis de sua vida: a travessia até a ilha de Motu Nui, palco da competição conhecida como “Homem Pássaro”, que definia o líder da ilha entre os guerreiros locais – vencia aquele que capturasse o primeiro ovo de uma famosa ave da região, depois de encarar desafios como o penhasco do vulcão Rano Kau e nadar por águas infestadas por tubarões.

Durante o período que passou neste lugar sagrado, Roberta Borsari não só remou, mas também surfou de SUP por praias paradisíacas – formadas por águas cristalinas de cor azul turquesa, em contraste com as escuras rochas vulcânicas – e praticou trekking no vulcão Rano Raraku, conhecido como “fábrica de moais”, pois ali os nativos esculpiam as estátuas que são o maior símbolo da cultura Rapa Nui. “A visita à Ilha de Páscoa é uma experiência única para qualquer pessoa que seja ligada ao mar. Estar em contato com a cultura e toda a força espiritual dos guerreiros polinésios e ainda ter a chance de praticar SUP em algumas das paisagens mais bonitas que já vi foi realmente inesquecível”, afirma a aventureira.

Borsari ressalta ainda que “os aprendizados desta viagem foram muito além do esporte”, já que pôde se aprofundar na história da ilha, ao visitar os sítios arqueológicos, e também conhecer de perto os costumes e a cultura da população local, como a música, a dança e a gastronomia, além de outras particularidades – a exemplo da pesca com pedras, atividade que só acontece na Ilha de Páscoa.

Com mais de 15 anos de carreira, Roberta Borsari coleciona títulos e conquistas: foi a primeira mulher no mundo a surfar a Pororoca Amazônica de caiaque e a primeira atleta a realizar a travessia de stand up paddle em mar aberto em Alcatrazes – quando percorreu 40 quilômetros da Barra do Sahy até o arquipélago. Borsari também é pioneira na canoagem nacional e idealizadora do Projeto SUPtravessias. Mais informações: www.robertaborsari.com

nov 12, 2013
staff
SUP